Relação de troca. Juan empresta sua experiência na Série A ao Avaí. O clube, por sua vez, permite que o jogador possa desfrutar do que ele tem ciência ser os últimos momentos da carreira. Há diversão, mas também o compromisso. Não é mais o lateral do Flamengo, mas pode ser o meia que o Leão precisa para ficar na elite do futebol nacional.

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Qual é a leitura do seu momento na carreira?

Tento curtir mais o futebol. O fim da carreira está próximo. Não tem como não pensar nisso. É difícil curtir com a pressão e a responsabilidade, sou muito competitivo. Estou sempre me cobrando.

Qual é o projeto para os próximos anos?

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Sempre me cuidei para chegar ao fim de careira sem melancolia, sem jogar por causa do nome. Enquanto eu suportar a sequência de jogos, conseguir manter o desempenho físico no mesmo nível dos companheiros, ainda penso em jogar. Mas se começar a ficar atrás, é melhor parar. Vou deixar as coisas acontecerem. Mas de dois ou três anos não passa.

A mudança para o meio deu sobrevida à carreira?

Deu, porque o pessoal vê a lateral como uma posição muito física. A ida para o meio me deu prazo maior de estar em alto nível, de jogar Série A. No começo, eu não queria ir para o meio. O Ney Franco (treinador) apostou muito em mim, foi quem me colocou na posição, no Vitória e depois no Coritiba. Com o tempo fui me adaptando e gostando.

Não sente falta de jogar na lateral?

Não sinto mais falta de ficar correndo atrás dos outros (risos), correr atrás de atacante, de meias. Tive de entender jogar como meia, de jogar mais o futebol.

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Aos 19, você chegou a estar no Arsenal, da Inglaterra. Como foi?

Amadureci muito. Pelo lado profissional, me fez pegar mais seriedade tática, de cumprir papel para o time. Tecnicamente aprendi muito. Acho que muito do que foi a minha carreira foi graças a essa passagem no Arsenal.

Porém, o clube mais marcante foi o Flamengo.

Acho que pude jogar bom futebol em muitos clubes, mas não tanto quanto eu joguei no Flamengo. Quando olho para trás, meu melhor momento na carreira foi no Flamengo. Tenho muito orgulho de ter jogado lá, desse bom momento.

Você foi o autor do gol do título sobre o Vasco, na Copa de Brasil de 2006.

Claro que você quer fazer gol numa final, mas não imagina que isso vai realmente ocorrer. Eu era lateral. Para mim, foi o momento mais especial dentro de campo. Por tudo: estar no Flamengo, no Maracanã, contra o maior rival… É como o seu sonho de criança se realizar em campo.

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E a Ressacada e o Avaí?

Eu estou à vontade desde o dia em que cheguei. Até me sinto em débito de não ter feito um gol na Ressacada ainda. Fiz um Goiânia, mas quero fazer na Ressacada. Eu me sinto tão bem e quero retribuir, ao clube e ao torcedor, para comemorar com a torcida.

Pôde conhecer Floripa, gostou?

Não tem dado muito tempo. Mas uma das coisas que mais me animou foi poder morar bem, o que é fundamental para se trabalhar bem. Acho que serei muito feliz em Florianópolis.

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