O senador Dário Berger (MDB) fez críticas à relação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) com Santa Catarina. Na visão do parlamentar, Bolsonaro está “devendo muito” para o Estado. Ele admitiu que não quer concorrer ao Senado Federal e reforçou a vontade de ser governador em meio a disputa interna dentro do MDB.
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— O governo federal está devendo muito para Santa Catarina. A rigor, o governo federal não fez quase nada, para não dizer que não fez nada, em Santa Catarina nesses três anos. Eu como senador da república tenho erguido a minha voz nesse sentido. Foi aqui que o presidente Bolsonaro fez a maior e mais expressiva votação entre todos os estados federados do Brasil. E nós tínhamos uma expectativa que obras estruturantes, que estão agonizando há anos no nosso Estado, pudessem ter um tratamento mínimo necessário para que as obras pudessem ter um andamento razoável. Não aconteceu — criticou.
Dário foi ouvido nesta segunda-feira (1º) na série de entrevistas com pré-candidatos ao governo de Santa Catarina em 2022 promovida pelo Diário Catarinense e pela CBN Diário.
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Berger é administrador, foi prefeito de São José e de Florianópolis, por dois mandatos nas duas cidades. Atualmente, é senador da República. Está em uma disputa interna no MDB em busca da indicação do partido para concorrer ao governo. Além dele, o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, e o deputado federal Celso Maldaner também desejam a vaga.
O senador foi entrevistado pelos apresentadores Mário Motta e Eveline Poncio e pelo colunista do NSC Total, Anderson Silva.
Assista à entrevista
Disputa interna no MDB
Dário também criticou a disputa interna no MDB para escolha de um candidato para o governo estadual. Ele classificou a questão como um “erro”. O parlamentar disse ainda que não pretende disputar o cargo de senador novamente e que espera vencer a convenção partidária.
— Eu acho que nós estamos cometendo um grande erro. Ao invés do MDB estar discutindo um projeto, nós estamos de certa forma brigando internamente e isso é muito ruim. Quem tem três candidatos acaba não tendo nenhum — pontuou.
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Avaliação do governo Moisés
Dário comentou também a atuação do governo Carlos Moisés (sem partido). Em sua visão, a gestão começou mal, teve problemas no meio, mas pode acabar bem. Para ele, Moisés adotou o “toma-lá-dá-cá” como estratégia para garantir a governabilidade.
Ele também disse não ter restrições quanto uma possível filiação de Moisés ao MDB. Sua posição, no entanto, é que o atual governador catarinense dispute as internas do partido junto aos demais postulantes ao cargo.
Projetos de governo
Questionado sobre como seria sua gestão como governador, Dário defendeu que o governo estadual busque o retorno de recursos via governo federal. Ele comparou os valores da arrecadação do estado com o montante que chega do executivo federal.
— Até ontem nós já entregamos para o Brasil cerca de R$ 70 bilhões. Riqueza que é produzida aqui em Santa Catarina. E sabe quanto retornou para nós de recursos? Cerca de R$ 8 bilhões […] O que está acontecendo com Santa Catarina é que nós estamos ajudando a desenvolver todos os estados da federação. — completou.
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A série de entrevistas
As entrevistas com pré-candidatos a governador de Santa Catarina ocorrem nas próximas duas semanas, sempre às 10h, com transmissão da CBN Diário e dos canais digitais da rádio, do DC e do NSC Total. Oficialmente, a definição dos candidatos só ocorre nas convenções partidárias, três meses antes da eleição. No entanto, a série de entrevistas busca permitir que o eleitores comecem a se preparar para a escolha e a se conscientizar sobre a importância do voto.
Outros nomes apontados como pré-candidatos ao governo de SC em 2022 também já foram entrevistados, como Antídio Lunelli (MDB), Décio Lima (PT), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (DEM), João Rodrigues (PSD), Fabrício Oliveira (Podemos) e Napoleão Bernardes (PSD).
A NSC também promove uma rodada de entrevistas com pré-candidatos à presidência da República em 2022. Já foram ouvidos nomes como Lula (PT), João Doria e Eduardo Leite (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).
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