O deputado federal Celso Maldaner (MDB) elogiou o governador Carlos Moisés, dizendo acreditar que ele “pode sair aplaudido de pé” ao final do mandato, mas lembrou do caso dos respiradores e disse que se ele quiser se filiar ao MDB para concorrer à reeleição, terá que “se sujeitar às regras do jogo”.

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Eleições 2022: quem são os pré-candidatos ao governo de SC a um ano da disputa

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O MDB já tem três nomes apresentados como pré-candidatos ao governo de SC nas eleições de 2022 – além de Maldaner, Antídio Lunelli e Dario Berger também disputam a indicação. Se não houver acordo, a legenda irá escolher o candidato por meio de prévias, em fevereiro. A possibilidade de filiação do governador vem sendo comentada nos últimos meses.

– Acredito que Moisés poderá sair aplaudido de pé no final do governo dele, ano que vem, se continuar nesse ritmo, mas a sociedade tem que estar junto, cobrar, porque o que aconteceu no caso dos respiradores, a sociedade não vai perdoar – afirmou.

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Maldaner foi entrevistado nesta quinta-feira pelo Diário Catarinense e pela CBN Diário, na série de entrevistas com pré-candidatos ao governo de Santa Catarina em 2022.

O deputado federal é economista, empresário e prefeito por três vezes de Maravilha, no Oeste de SC. Atualmente, é deputado federal no quarto mandato.

Assista à entrevista

Disputa interna com Dario e Lunelli

O deputado federal comentou a disputa interna pela indicação de candidato a governador pelo MDB, que envolve ele, o senador Dario Berger e o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli. Ele afirmou que os três nomes chegaram a um entendimento, de que se Lunelli conseguir o apoio dos partidos que estiveram com ele na eleição municipal de 2020, poderia ser o candidato do MDB, porque teria ao menos oito legendas ao seu lado. O partido chegou a anunciar esse acordo, mas o senador Dario Berger negou esse acerto.

– Isso é assunto superado, estamos olhando para a frente. Se não houver entendimento entre os três pré-candidatos, (a definição) é dia 15 de fevereiro. Foi um acordo que fizemos com a bancada estadual para não atrapalhar a governabilidade – afirmou.

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Terceira via

Ao comentar a sucessão presidencial, Celso Maldaner defendeu uma terceira via que fuja à polarização entre Lula e Bolsonaro. Defendeu o nome da senadora emedebista Simone Tebet, lançada como pré-candidata à Presidência, como opção.

– Quem sabe ela, em uma composição com alguém que tenha equilíbrio, que traga harmonia para o Brasil, acabe com essa guerra direita e esquerda, com assuntos que entram na campanha e não tem nada a ver… Acredito ainda em uma solução da terceira via – afirmou.

Bolsonaro ou Lula?

Questionado sobre o fato de o MDB de Santa Catarina ser um dos cinco diretórios estaduais contrários a um possível apoio ao ex-presidente Lula nas eleições de 2022, Maldaner confirmou que o partido não apoia o nome do petista e disse que, em um cenário com apenas os dois nomes, o partido ainda ficaria ao lado de Bolsonaro.

– Entre Bolsonaro e Lula, ainda vamos ficar com Bolsonaro daí. Seria uma desgraça. Mas espero que surja uma luz no final do túnel e possa unificar o país, recuperar o tempo perdido em termos de investimento – defendeu.

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Retorno dos impostos para SC

Maldaner definiu como “calamidade pública” o retorno de investimentos dado pelo governo federal a Santa Catarina. Disse que por ter dado 70% dos votos a Bolsonaro, SC deveria ter recebido mais obras e disse que o Estado foi “muito esquecido pelo governo federal”.

– Somos o quinto ou sexto que mais contribui, e o 24º no retorno. É uma vergonha (…). Foi um governo esquecido, às vezes tenho vergonha de fazer parte do Fórum Parlamentar Catarinense. É uma vergonha para Santa Catarina – criticou.

Eleições de 2022

Ao comentar como acredita que serão as eleições de 2022, Maldaner afirmou que “a política vai voltar ao leito normal”.

– O eleitor vai votar na experiência, nos valores humanos, vai analisar quem é o mais preparado, para que você possa dar uma procuração para entregar sua empresa para fazer bem ao povo catarinense – defendeu.

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A série de entrevistas

As entrevistas com pré-candidatos a governador de Santa Catarina ocorrem nas próximas duas semanas, sempre às 10h, com transmissão da CBN Diário e dos canais digitais da rádio, do DC e do NSC Total. Oficialmente, a definição dos candidatos só ocorre nas convenções partidárias, três meses antes da eleição. No entanto, a série de entrevistas busca permitir que o eleitores comecem a se preparar para a escolha e a se conscientizar sobre a importância do voto.

Outros nomes apontados como pré-candidatos ao governo de SC em 2022 também foram entrevistados, como Antídio Lunelli (MDB), Décio Lima (PT), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (DEM), João Rodrigues (PSD), Fabrício Oliveira (Podemos), Napoleão Bernardes (PSD), Raimundo Colombo (PSD), Jorginho Mello (PL), Gelson Merisio (PSDB) e Dario Berger (MDB)

A NSC também promove uma rodada de entrevistas com pré-candidatos à presidência da República em 2022. Já foram ouvidos nomes como Lula (PT), João Doria e Eduardo Leite (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).

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