Entrevista: Camilo “faz a cabeça” da torcida na Chapecoense

A comemoração com as mãos mexendo na vasta cabeleira voltou. E em grande estilo. O meia Camilo vem sendo o jogador mais badalado da semana na Chapecoense. Ele é o mais assediado para entrevistas e seu gol contra o Cruzeiro, domingo, é destaque na televisão. Também, ele fez o tento da primeira vitória do Verdão fora de casa no Brasileirão. E em cobrança de falta, coisa que não acontecia de forma direta há quase dois anos. O anterior tinha sido de Danilinho, na Série B, em 11 de novembro de 2013, no 1 a 0 sobre o Guaratinguetá.

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Em 2015 Camilo havia balançado pouco as redes. Fez um na estreia do Campeonato Catarinense, na vitória por 5 a 0 contra o Inter de Lages. Mas depois acabou se lesionando e voltou só final do Hexagonal.

No Brasileirão também ficou fora de três jogos por lesão. Coincidência ou não, dos três jogos que Camilo não jogou, a Chapecoense perdeu dois, contra Flamengo e Ponte Preta.

A vasta cabeleira do jogador lhe rendeu até um apelido: Camiloaini. Ele se inspirou no jogador da seleção belga, Fellaini, e deixou o cabelo crescer. A comemoração virou marca registrada. E no início do ano o jogador fez um concurso de vídeos de comemoração, com o prêmio de uma camisa autografada.

Camilo é um dos jogadores que tem mais carisma com as crianças. Quem sabe daqui a pouco não surjam nas arquibancadas da Arena Condá perucas parecidas com as que os torcedores belgas usavam na Copa do Mundo. Antes a Chapecoense tem que tomar cuidado para que times como Corinthians não tirem o meia do time catarinense. Para isso basta ele atuar mais duas partidas. A primeira, contra o líder Sport, no sábado, em casa.

Camilo: “Meu objetivo é não me lesionar mais”

Como surgiu essa comemoração de mexer no cabelo?

Começou no ano passado. E pegou. Contra o Cruzeiro fiz essa comemoração e mostrei o número nas costas para homenagear a torcedora Ana Clara, que venceu meu concurso de comemorações no início do ano.

Como você está vivendo esse momento na Chapecoense?

Estou voltando depois da lesão, adquirindo ritmo de jogo. Meu objetivo é não me lesionar mais.

Como é enfrentar o líder Sport? o que muda em relação à Copa do Brasil?

Eles têm novos jogadores, acrescentou muito. É uma equipe muito forte.

Neste jogo contra o Sport você pode repetir uma parceria tua e do Bruno Silva com o Cleber Santana, com quem vocês jogaram juntos no Avaí. Como é isso?

Tenho boas lembranças. O Bruno e o Cleber estavam bem em 2012 no Avaí. A gente fez uma parceria boa antes do Cleber se transferir para o Flamengo. Um jogador que tem uma qualidade técnica enorme. Com o Bruno já atuo com ele há quase três anos. E o Cleber Santana vai acrescentar muito para nosso elenco. Esperamos ajudar da melhor maneira possível E que a torcida contribua também.

Você já conhecia o Fábio por ter jogado junto no Cruzeiro. Isso contribuiu para você fazer o gol de falta?

Estávamos eu e o Neto para cobrar conforme iria ficar a posição da barreira. Como ficou mais para mim eu cobrei por fora da barreira. Estava bastante confiante. No dia anterior havia cobrado faltas e com bom aproveitamento. Tinha feito um gol pelo Botafogo de Ribeirão Preto da mesma distância.

O Fábio foi homenageado na partida e é teu compadre de casamento. Você falou com ele depois do jogo?

Ele me perguntou se eu tinha cobrado a falta por cima da barreira e eu disse para ele que não, que tinha sido pelo lado. Daí ele reclamou: logo hoje? Eu respondi que nós também necessitávamos da vitória, pois a torcida já estava cobrando que pontuássemos fora de casa.

Você teve uma nova sondagem do Corinthians?

Até agora não me chegou nada. Teve alguma coisa há alguns dias, quando um auxiliar do Tite chegou a ligar para o meu empresário. Foi naqueles dias que estava lesionado. Mas estou tranquilo e focado na Chapecoense.

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