Em casa, com a esposa Rafaela e os filhos Davi, de seis anos, e Sarah, de dois, o destaque da primeira final do Campeonato Catarinense aproveita para descansar. Autor dos dois gols da vitória do Criciúma sobre a Chapecoense, no domingo, Marcel não mudou sua rotina. Maduro, prefere compartilhar o momento especial com a família.
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Na segunda-feira, seu dia de celebração foi com a mesma tranquilidade que sempre acompanha o atacante: seja em campo, na hora de ver as oportunidades e marcar os gols, como na hora de lidar com as cobranças.
– Depois do jogo a gente foi à igreja, agradecer a Deus por ter me abençoado com dois gols e abençoado o clube. Em dia de pós-jogo, pela manhã procuro descansar, às vezes levo meus filhos ao colégio. Tem treinamento à tarde, então depois a gente costuma sair para comer uma pizza em família. Por eu ter mais de 12 anos de carreira, tenho que descansar bastante para poder aguentar essa sequência de jogos – conta ele.
Marcel sabe que não tem a velocidade do começo da carreira, o que exige uma mudança na forma de jogar. Aos 31 anos, ele reconhece que precisa demonstrar mais inteligência nas jogadas e ser mais tático, usando sua experiência em campo.
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Após uma semana em que marcou três gols em dois jogos importantes, o atacante evita excesso nas comemorações.
– A comemoração é importante. Mas é tudo tão rápido! Já temos um jogo na quarta-feira (amanhã) e tem que pensar nesse próximo adversário (o São Bernardo, pela Copa do Brasil) – completa.
Antes de voltar aos treinos, Marcel deu uma pausa no descanso e atendeu, com exclusividade, a reportagem do Diário Catarinense.
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ENTREVISTA
Diário Catarinense – Como você vinha lidando com a cobrança por gols?
Marcel – Sempre me mantenho tranquilo. Independentemente disso, eu estava dando bastante assistências, ajudando na parte tática. Se você pensa só em fazer gol, acaba esquecendo as outras coisas que precisa fazer para o time. Procuro pensar que o gol vem de forma natural, como aconteceu domingo. Pude aproveitar e ser oportunista nos lances. Mas é sempre com a ajuda dos companheiros.
DC – Você já se sente totalmente adaptado ao Criciúma?
Marcel – Demais! Desde que cheguei, graças a Deus, não perdi nenhum jogo. Até agora já foram 11, sete vitórias e quatro empates. Quando eu cheguei, o time não estava muito bem. Cheguei praticamente junto com o nosso treinador e demos essa arrancada boa. É um trabalho que está sendo bem feito, fico feliz por isso.
DC – E o que você espera da final em Chapecó, no próximo domingo?
Marcel – A gente vai manter a mesma forma de jogo. Nosso time encontrou uma maneira de jogar que não pode mudar. A nossa pressão e agressividade dificultam muito para o adversário sair jogando. A gente não vai mudar, vamos procurar jogar bem para trazer o título.
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DC – Como você estava antes de chegar a Criciúma?
Marcel – Eu fui para a Coreia do Sul, em 2011, e, ano passado, no Coritiba, não joguei muito, fiz poucos gols. Em 2010, no Santos, fiz oito gols no Brasileiro. Fui campeão da Copa do Brasil, campeão paulista, foi bom. Em 2008 estive em uma boa condição física no Grêmio, ajudava bastante na marcação, ajudar muito combate aos volantes. O Celso Roth, que na época era o treinador, exigia muito. E aqui o Vadão pede muito para participar na marcação. Por serem três atacantes, eu faço um esforço grande pra ajudar nesse sentido.
DC _ Com quais atletas você tem maior afinidade fora de campo?
Marcel _ Minha esposa tem amizade com a mulher do Páscoa, com o Ivo também, a gente está mais junto. Claro que fora de campo não são com todos que a gente cria amizade, agora dentro do clube todo mundo se dá bem, conversa sobre o dia a dia. Acho que no futebol de hoje, até pela competitividade que se tem, o grupo tem que ser unido, senão é difícil chegar aos objetivos. Então a nossa união é boa, é sadia a disputa no dia a dia.