O ponto final na carreira profissional de Marquinhos tem data, horário, adversário e local definidos. O meia do Avaí se despede oficialmente dos gramados no domingo, às 16h, contra o arquirrival Figueirense, na Ressacada, em jogo pela 13ª rodada do Campeonato Catarinense. Na oportunidade, ele completará 400 partidas pelo clube do coração e que, como o próprio destaca, ajudou a elevar o patamar, chegando como promessa e saindo de cena como ídolo.

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– Entrei no Avaí em um patamar e saio em outro, com o clube buscando voos mais altos. Eu não passei pelo Avaí, eu fiz história. Isso não é se vangloriar. O clube sempre foi maior que eu. Entrei como promessa e saio como ídolo. Um dos maiores dos últimos 30 anos. É uma realidade e uma honra fazer parte da história de um clube de quase 100 anos – falou Marquinhos na tarde desta sexta-feira, na última entrevista como jogador.

No ano passado, o Galego chegou a se despedir do futebol logo após o acesso do Avaí à Série A do Brasileiro. Mas ele foi convencido pelo presidente azurra Francisco Battistotti a assinar por mais três meses com o clube e completar 400 jogos oficiais pelo Leão antes de dizer adeus em definitivo à carreira. Assim, escolheu o clássico da Capital como último ato com a camisa 10 na Ressacada.

– Estou tranquilo e ansioso por fazer o último jogo. É um momento ímpar da minha carreira e posso presentear o torcedor avaiano que me deu força para melhorar e reinventar. E também aos meus amigos que torcem para o Figueirense. Neste meu último jogo da carreira, eles vão me ver contra o time deles. Foi uma despedida muito bem pensada, legal. Um clássico mobiliza a cidade toda. E este vai ser assim também – destacou M10.

Conhecido pelas provocações antes e durantes os clássicos contra o arquirrival Figueirense, Marquinhos destacou dois jogos que para ele são inesquecíveis. O primeiro foi em 1999, quando na figura de torcedor comemorou a vitória por 2 a 1, no Orlando Scarpelli. O outro foi quando marcou o golaço em Neneca no triunfo azurra por 3 a 1, em 2013.

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– Como torcedor eu lembro da Copa do Brasil de 1999. Foi no Scarpelli que o Dão fez dois gols e ganhamos o jogo. Como jogador também foi lá, no 3 a 1, quando fiz meu primeiro gol em clássico e o segundo a cobertura no Neneca. São os dois que eu lembro com clareza e com vitórias do Avaí. Jamais vou esquecer o 4 a 0 do Figueirense, aqui, até porque estava em campo. Faz parte. Se vencer eu tiro sarro e se perder vou ser zoado – disse o Galego.

Com o fim da carreira mais perto, Marquinhos deixou o lado torcedor falar mais alto para, em tom de brincadeira, cobrar uma estátua dele na Ressacada.

– Óbvio. Tudo que for homenagem eu gosto. A estátua parte do conselho e da diretoria. Eu, como torcedor, gostaria de ter uma estátua do Marquinhos (risos) – completou o ídolo azurra.

Após o último jogo como profissional, Marquinhos passa a integrar o departamento de futebol do Avaí. O futuro ex-jogador será gerente de futebol e trabalhará ao lado de Joceli dos Santos nos bastidores do clube.

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