A tarde de solenidades na posse do governador Carlos Moisés da Silva também reservou momentos de despedida, notadamente do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) e do atual presidente do Legislativo, Silvio Dreveck (PP), que não se reelegeu para um novo mandato.

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Numa quebra de protocolo acordada previamente, por não ser comum que governadores de saída discursem, Pinho Moreira destacou as ações tomadas no apagar das luzes do último governo — ele assumiu em fevereiro, após a renúncia de Raimundo Colombo.

O ex-governador apontou que o momento econômico ainda era crítico, com a folha de pagamento dos servidores acima do limite legal e um déficit orçamentário previsto de R$ 2 bilhões.

—Com gestão, economia, contenção absoluta dos gastos públicos, nós entregamos agora um Estado muito mais enxuto, menor. Reduzimos o déficit para R$ 500 milhões, cumprindo rigorosamente a Lei de Responsabilidade Fiscal — destacou.

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Pinho ainda defendeu que o governo anterior alcançou melhorias nos indicadores da segurança pública, como na redução de homicídios, e em frentes da saúde, como no estoque de medicamentos dos hospitais públicos. Para o ex-governador, foi o anseio por mudanças da população que levou Moisés e Daniela ao Centro Administrativo.

—Nenhuma mudança talvez tenha um significado de tanta ruptura quanto a eleição de Carlos Moisés e Daniela Reinehr. Apresenta-se uma mudança importante nos costumes, na forma de administrar a administração pública, nas ações políticas — analisou.

Ainda na condição de presidente da casa, porque a nova Legislatura só inicia em fevereiro, o deputado Silvio Dreveck encerrou a sessão de posse também em tom de despedida.

—A nossa Assembleia Legislativa tem sido um exemplo, não só para Santa Catarina, mas para o Brasil. Principalmente pelos parlamentares que aqui vêm, sem exceção, sem partido, todos com compromisso, com responsabilidade. A democracia permite, e assim deve ser, que haja também um contraponto, que haja oposição. Mas é necessário ter responsabilidade naquele momento em que o Estado precisa de cada parlamentar. Essa resposta sempre teve e não tenho dúvida de que também não faltará nos próximos quatro anos— concluiu.

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