Um grupo de publicitários recém formados de Joinville foi premiado no Festival Assimetria, realizado em 2021 pelas universidades federais de Santa Catarina e Santa Maria (UFSC e UFSM). Eles venceram a categoria “melhor documentário” ao expor a produção sobre a qual se dedicaram por seis meses, ao fim da graduação do curso de Publicidade e Propaganda na faculdade do Bom Jesus/Ielusc em 2020. 

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Evaldo Cevinscki Neto, Paula Roberta de Souza e Leonardo Roque Machado produziram um curta-metragem cuja proposta se destaca do convencional: em formato vertical e para o IGTV, no Instagram. A narrativa conta a história de cinco entregadores de alimentos contratados por aplicativos de celular. 

A principal ideia, conforme Leonardo, foi humanizar o trabalho dos entregadores. O motivo também justificou o título da produção.

— Quando pedimos comida por aplicativo, a gente costuma ver lá escrito “seu pedido saiu para entrega”. Aí nos questionamos: mas quem saiu para entrega? Não foi o estabelecimento. Quem é a pessoa que está trazendo a comida? Foi daí que surgiu a ideia do nome “quem saiu para entrega” — explica Leonardo. 

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Produção durante a pandemia

O contexto da pandemia do novo coronavírus foi outro fator inevitavelmente mencionado e vivenciado durante o documentário, inclusive em sua produção. A equipe precisou adaptar a direção, realizada de forma remota, para que os próprios entrevistados conseguissem gravar o conteúdo. 

Orientados pela jornalista e professora doutora Beatriz Cavenaghi, a equipe encontrou formas de contornar os obstáculos da pandemia e levar o resultado final ao ranking do concurso de cinema universitário. 

— Era um festival de cinema acadêmico que não tratava de vídeos verticais. Então o fato de um documentário feito na vertical ter ganhado esse prêmio traz para a gente uma perspectiva muito legal sobre possibilidades de produção de qualidade, de narrativas interessantes nesse formato. Para a academia também. A gente tem começado a discutir a questão dos vídeos na vertical — considera Beatriz. 

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Além disso, ela também destaca a dedicação e talento dos alunos durante a execução do trabalho, além de ponderar o impacto e o alerta que produções como essas podem gerar na cidade. 

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— Qualquer cidade deveria se preocupar com o fomento do audiovisual, que é uma ferramenta incrível para mostrar cultura, relatar sobre a sociedade. Talvez essa premiação possa ser um recadinho para que Joinville fique de olho nas coisas que estão sendo produzidas aqui. Não só no meio acadêmico, mas também outras pessoas que estão produzindo e, muitas vezes, não têm nenhum tipo de incentivo — acrescenta.   

Assista ao documentário:

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