O pacato município de Schroeder, de apenas 15.316 moradores, é coberto pela serra de Mata Atlântica cortada por cachoeiras, ambiente propício para a prática de esportes de aventura, como rapel, mountain bike, trilhas, rafting e canoagem. E os adeptos do turismo ecológico podem, na hora do almoço, provar outra peculiaridade da cidade: a comidinha caseira do restaurante de Yoshiaki Akuesu, de 83 anos. O japonês faz parte dos 19% dos imigrantes do município.

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Os olhos puxados de Akuesu contrastam com o biotipo com seus vizinhos descendentes alemães, preponderantes na cidade de colonização germânica. Ele tinha apenas sete anos quando chegou ao Brasil. Primeiro viveu em Campinas, a maior cidade do interior de São Paulo. Lá, ele tinha uma borracharia, quando conheceu sua mulher Laides Michliff, de 62 anos, que trabalhava em um restaurante ao lado de seu empreendimento. Como ela era do Oeste catarinense, mudaram-se para Xaxim, onde abriram um lava-carros e o primeiro restaurante juntos. Há apenas um ano se mudaram para Schroeder e se dizem satisfeitos com a tranquilidade da cidade.

– É um lugar bom de viver, tem um bela natureza. Servimos comida caseira para moradores daqui, turistas e viajantes – conta.

Depois de morar em um município com mais de um milhão de habitantes, como Campinas (SP), Laides também está contente com a vida que leva na pequena Schroeder.

– Eu gosto daqui. Tem bastante mato, e fartura de peixes. Posso deixar a casa aberta, que ninguém incomoda – diz a mulher, responsável pelos pratos do restaurante, cujo cardápio é baseado em comidas simples e bem brasileiras, como bolinho de arroz, galinha caipira e dobradinha.

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Yoshiaki Akuesu e Laides foram acolhidos de braços abertos pelo povo de Schroeder. Hoje, estão entre os que recebem os visitantes e servem os moradores.