Quem vê o atacante Rafael Costa nas entrevistas coletivas não consegue imaginar o quanto o baixinho é divertido. Envergonhado em frente às câmeras, brincalhão longe delas. No voo de volta para Florianópolis, ele era um dos mais atrevidos, junto com o zagueiro Douglas Marques.
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Convidado pelo Diário Catarinense para entrevistar os companheiros de time, Rafael não titubeou. Com o microfone na mão, ele brincou com seus colegas e fez todo mundo se divertir. A descontração após conquistar o acesso era algo natural, porém, este grupo curtiu cada momento com muito prazer. Desacreditados durante a competição pela torcida e pela imprensa, os jogadores deram a volta por cima e iniciaram a recuperação após a goleada no clássico, contra o Avaí, por 4 a 0.
Aliás, o número quatro virou uma espécie de amuleto e símbolo de deboche alvinegro sobre o seu maior rival. Basta observar as várias fotos publicadas nesta edição. Mais de uma vez apareceu um jogador ou torcedor fazendo o número quatro com a mão. De certa forma, o clássico parece não ter acabado. Em diversas ocasiões os atletas e torcedores alvinegros dançaram o Créu. Até o mascote do clube, o Furacão, entrou no embalo.
A festa foi grande e ainda não acabou. Um dos mais empolgados pela conquista é o presidente Wilfredo Brillinger. No sábado, perto das 21h30min, ele deixou o Hotel Gran Roca, em Atibaia (SP), e rumou em direção à Capital.
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– Não sei, mas acho que hoje (sábado) foi o dia mais feliz da minha vida – declarou o dirigente, visivelmente emocionado.
Filha de ex-jogador alvinegro voltou no mesmo voo do time
Brillinger assegurou que o retorno do Furacão à Série A não foi milagre. Foi resultado da competência do time. Mas para alguns atletas, o Figueira teve uma ajuda superior. No vestiário do time no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi colocada em uma mesa, no canto esquerdo. A Santa acompanha o Furacão do Estreito há 10 anos.
– Ela é pé quente. Já viu de tudo nesse tempo e hoje vai ver o acesso – afirmou o roupeiro Rafael Silveira antes do jogo.
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A fé também acompanhou a torcida. Rogéria, filha de Lourival de Freitas, ex-atleta do clube nos anos 1940, foi uma delas. Na sorte, voltou para Floripa no mesmo voo dos ídolos. Aproveitou para tirar fotos e pedir autógrafos. E, um pouco emocionada, lembrou do pai que ficou conhecido como motorzinho alvinegro.