Órgãos ambientais no Estado continuam voltados para a área onde houve o vazamento de óleo na subestação da Celesc, na Tapera, Sul de Florianópolis. A retirada dos resíduos com a substância bifenila policlorada (PCB), que deveria acontecer nesta sexta-feira, foi adiada novamente.
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A última determinação é que os 60 mil litros de líquidos contaminados devem ser transferidos das caixas d´água de acrílico, onde vinham sendo mantidos, para 300 tambores lacrados e com material impermeável. A Celesc também terá que contratar uma nova empresa para promover o transporte e a destinação final do material. Nesta sexta-feira, foram coletadas novas amostras no local.
Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), da Celesc e da empresa que vai fazer a consultoria ambiental na recuperação da área, com apoio de especialistas, decidiram que a colocação dos líquidos com o chamado ascarel em bombonas facilitaria o armazenamento e transporte. O chefe de Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama em SC, Alessandro Queiroz, reforçou a necessidade da transferência.
– Tem um risco com as caixas d´água. Inclusive, em uma delas, o resíduo já chegou a vazar – afirma.
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Mais oito toneladas de vegetação e restos de contenção contaminados deverão ser armazenados em sacos especiais. Para o assistente de diretoria de distribuição da Celesc, Pablo Cupani Carena, os recipientes em material impermeável, que estão sendo providenciados, garantirão o deslocamento feito em segurança.
Outra tarefa da Celesc é encontrar uma empresa responsável pela destinação final dos resíduos sólidos e líquidos, que exige incineração e depósito em aterro industrial. A companhia expôs que a Essencis, que iria encaminhar os resíduos para Joinville, no Norte do Estado, pediu para prestar os serviços apenas após o resultado de novas análises do material, o que foi considerado inviável pela Celesc.
A Essencis informou, por meio da assessoria, que não vai receber os resíduos por divergência técnica sobre a qualificação do resíduo. Para o Ibama, o cancelamento aconteceu por uma oposição da Câmara de Vereadores de Joinville, que não quis receber o material, o que ainda não foi confirmado pela Câmara.
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Apesar dos imprevistos, a Celesc pretende fazer a retirada dos líquidos e sólidos até o início da próxima semana. Na segunda-feira, uma equipe do Ibama de Brasília, especialista nestes tipos de acidentes, deve acompanhar medidas para a recuperação da área degradada.
Análises no local
Nesta sexta-feira, foram retiradas 108 amostras das caixas d´água com os líquidos. Destas, 56 ficaram sob responsabilidade do Ibama, que deve enviar o material coletado para um laboratório especializado em São Paulo ou no Rio Grande do Sul, na próxima semana.
Outras 56 amostras irão para análise encaminhada pela Celesc. O Ibama também deve encaminhar o líquido retirado na quinta-feira, da mancha encontrada no mar do Ribeirão da Ilha, no Sul da Ilha de Santa Catarina.
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