A trégua alcançada por Israel e o grupo radical palestino Hamas, no poder em Gaza, entrou em vigor nesta quarta-feira às 19h GMT (17h de Brasília) depois de oito dias de conflito.
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O consenso, costurado pela secretária de Estado americana Hillary Clinton e pelo presidente do Egito, Mohamed Mursi, tenta conciliar as demandas das duas partes: a promessa de relaxamento do bloqueio da Faixa de Gaza por Israel e o fim dos ataques com foguetes contra cidade israelenses no sul.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agradeceu Mursi e ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após o anúncio feito nesta quarta-feira de uma trégua entre Israel e Hamas, e mencionou a meta de alcançar uma paz “duradoura” em Gaza.
Com poucos minutos de intervalo, a Casa Branca informou de ambas as conversas telefônicas, enquanto o ministro das Relações Exteriores egípcio, Mohammed Kamel Amr, e sua colega americana, Hillary Clinton, anunciavam uma trégua entre os beligerantes.
Obama “agradeceu ao presidente Mursi pelos esforços com o objetivo de obter um cessar-fogo duradouro e por seu papel decisivo na negociação” dessa proposta de trégua, ressaltou a Casa Branca em um comunicado.
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Pouco antes, o governo americano havia informado que Obama e Netanyanhu tinham conversado.
Durante a conversa, “o presidente manifestou sua satisfação em relação aos esforços realizados pelo primeiro-ministro por um cessar-fogo duradouro e por uma solução de longo prazo, em cooperação com o novo governo egípcio”, liderado por Mursi, do movimento político da Irmandade Muçulmana, berço do Hamas.
Obama também “agradeceu ao primeiro-ministro (israelense) por sua aceitação da proposta egípcia de cessar-fogo, como havia sido recomendado pelo presidente, enquanto reiterou que Israel mantém o direito de se defender”, indicou um porta-voz presidencial.
Os Estados Unidos “aumentarão seus esforços para ajudar Israel a atender as suas necessidades em matéria de segurança, em particular (contra) a chegada de armas e explosivos a Gaza” a partir do Egito, anunciou a Casa Branca.
As conversas telefônicas entre Obama e os dirigentes foram realizadas poucas horas depois de o mandatário americano ter retornado a Washington, após uma viagem de quatro dias pela Ásia.
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