O aumento da alíquota do imposto para transferência de imóveis (ITBI) de 2% para 2,5% foi o principal questionamento de entidades empresariais e da sociedade civil reunidos ontem à tarde no Centro Sul, em Florianópolis. A mudança está prevista no projeto complementar à lei que regulamenta a cobrança do IPTU, enviado à Câmara de veradores pelo prefeito Cesar Souza Junior na quarta-feira.

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O presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), Sander DeMira, disse que o pagamento das contas da prefeitura não pode ser repassado ao contribuinte.

– Desejamos uma máquina pública eficiente, sem onerar a população com mais impostos. Não aceitamos este aumento na carga tributária – disse.

Uma carta assinada pelas entidades que representam cerca de 70% do PIB de Florianópolis foi entregue ao prefeito. O grupo pede mais debate sobre o tema, parcelamento do IPTU ao longo do ano, bem como a desvinculação do imposto ao valor venal dos imóveis. Foi solicitado ainda a implantação de Comissão de Revisão da Planta Genérica de Valores, previsto na Lei 6.071 de 2002. Em relação ao ITBI, as entidades são contra qualquer aumento das alíquotas do tributo.

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Novos Boletos

O projeto elaborado pela prefeitura propõe novos critérios para o IPTU Social e unifica alíquotas para transferências de imóveis em 2,5% (estava 3% na Lei 480/2013). Além disso, o Executivo autoriza a remissão parcial do IPTU de 2014. Ou seja: mantém o pagamento segundo a inflação (INPC 2013), com aumento de 5,84%.

Se o projeto for rejeitado na Câmara, a prefeitura terá que emitir novos boletos do IPTU 2014, cobrando a diferença estabelecida pela Lei, julgada constitucional em novembro pelo Tribunal de Justiça, que fixou aumento de até 50%.

Esse limite definido pelo TJ passa a valer a partir de 2015, no entendimento da prefeitura, que nem incluiu este ponto no projeto de lei complementar.

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Audiência pública sobre o tema está marcada para o dia 18 de dezembro na Câmara de Vereadores de Florianópolis.