CDL emite nota de repúdio
A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) se manifestou por meio de uma nota de repúdio assinada pelo presidente da entidade, Luiz Kunde, contra a decisão do prefeito Udo Döhler de suspender o programa de residência médica no hospital, mesmo que temporariamente.
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Segundo a nota, a medida vai impactar negativametne tanto no futuro dos profissionais de medicina quanto no dia a dia da população que depende do atendimento na saúde pública. A entidade ainda apela para que o prefeito volte atrás na decisão.
Prefeito tenta amenizar polêmica de corte de residentes no São José
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SJM aponta 16 contradições
A Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM) divulgou um texto apontando 16 contradições do prefeito Udo Döhler em relação aos residentes do Hospital Municipal São José. Entre os tópicos, ela defende que o impacto direto no atendimento à população será maior do que alega a Prefeitura.
A entidade salienta que gastos com eventuais medidas para suprir a ausência dos residentes, como a contratação ou concurso público para médicos, serão maiores do que se a Prefeitura mantivesse a estrutura.
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Ajorpeme se manifesta contra
A Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Médias Empresas (Ajorpeme), por meio do presidente Carlos Eduardo de Souza, se manifestou contra a decisão tomada pela Prefeitura.
Segundo o empresário, a medida vai fazer com que novos médicos residentes de áreas importantes para a cidade, como clínicos- gerais, patologistas e ortopedistas, deixem de vir para trabalhar no Hospital São José. A Ajorpeme acredita que a Prefeitura poderia ter encontrado outras formas de reduzir custos para não cortar dinheiro da saúde.
Departamento de ensino do São José
A decisão de suspender a matrícula dos novos residentes surpreendeu o médico Glauco Westphal, responsável pelo departamento de ensino e treinamento do Hospital São José. Segundo ele, a medida deveria ter sido cuidadosamente planejada e discutida com profissionais da área porque haverá um impacto sem precedentes no atendimento da unidade.
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Westphal salienta que a residência agrega forças ao corpo clínico, que hoje conta com aproximadamente 170 médicos no São José. Ele reforça que, sozinhos, eles não vão dar conta da demanda, embora a Prefeitura defenda o contrário. De acordo com o profissional, a maioria dos atendimentos realizados no setor de emergência interna, por exemplo, é feita pelos residentes com a supervisão dos médicos.
Glauco ressalta que algumas sociedades da classe médica em nível nacional já manifestaram apoio aos residentes e que, se a decisão da Prefeitura não for repensada, há a possibilidade de o Ministério Público ser acionado. Ele diz que ninguém nega que há uma dificuldade financeira muito grande, mas que as medidas de economia deveriam focar em outras áreas.