Um evento promovido pela Rede Vida no Trânsito na tarde desta quarta-feira discutirá um dos problemas mais urgentes das estradas catarinenses: a mistura álcool e direção. O 1º Encontro Catarinense de Segurança Viária, que ocorre no plenarinho da Assembleia Legislativa (Alesc), começa às 14h e faz parte da programação especial do Maio Amarelo.

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Em 2013, foram mais de 1 mil acidentes causados por motoristas embriagados em SC, matando 31 pessoas e ferindo outras 853. Com uma média de mortes no trânsito 40% maior que a brasileira, Santa Catarina costuma ficar entre os primeiros lugares no negativo ranking nacional.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 15% de todas as mortes no trânsito em 2012 foram causadas por embriaguez ao volante. Segundo a OMS, melhorar o cenário somente é possível com uma associação de três principais frentes: legislação mais restritiva, fiscalização séria e constante e educação para o trânsito.

– A população ainda enxerga a blitz e o teste de bafômetro como instrumentos da “indústria da multa”. Na verdade, fiscalização e educação são medidas para evitar acidentes e, acima de tudo, salvar vidas – diz Leandro Garcia, diretor de vigilância em saúde e membro da Rede Vida no Trânsito.

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Fazem parte da Rede Vida no Trânsito: Detran-SC, Icetran, ICom, Movimento Floripa Te Quero Bem, Guarda Municipal de Florianopolis, PM-SC, Prefeitura de Florianópolis, Secretaria de Saúde de Florianópolis, Diretoria de Vigilância em Saúde, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Segurança e Gestão do Trânsito de Florianópolis, SEST/SENAT e União dos Ciclistas do Brasil.

Em SC, trânsito mata trêz vezes mais que homicídios

Em Santa Catarina, o trânsito mata quase três vezes mais que os homicídios. Em 2011, foram registradas 31,6 mortes para cada 100 mil habitantes causadas por acidentes, enquanto que a taxa de homicídios foi de 12,6 mortes para cada 100 mil habitantes. Os dados estão no Mapa da Violência 2014.

Mesmo com a implantação da Lei Seca, a fiscalização ainda patina. Em Florianópolis, por exemplo, a prefeitura afirmou no plano de metas para 2013/2016 que faria pelo menos 15 mil abordagens; até dezembro de 2014, foram apenas 1,6 mil, ou cerca de 10,6% do prometido.

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A Global Road Safety Partneship – organização internacional referência em segurança viária – estima que, para um programa de fiscalização funcionar, ao menos 33% dos condutores de uma cidade devem passar pelo teste do bafômetro a cada ano.

:: Palestras confirmadas:

· Eduardo Macário, diretor de Vigilância Epimideológica de Santa Catarina (Dive-SC);

· Fernando Pedrosa, consultor em segurança viária e ex-coordenador do Programa de Redução de Acidentes (PARE) do Ministério dos Transportes;

· Marco Antônio Andrade, coordenador-geral da Operação Lei Seca no Rio de Janeiro;

· Maria Cristina Alcântara Hoffmann, representante da Coordenação Geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Denatran;

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· Maria Casas Blanco, representante do Detran-SC;