Entidades representativas do setor empresarial prometem colocar em xeque os planos de se reduzir o número de delegacias em Joinville, conforme o delegado-geral da Polícia Civil revelou paraA Notícia na semana passada.

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Como o comitê de segurança pública da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) faz a primeira reunião do ano hoje, às 9 horas, a discussão da proposta deve pautar o encontro _ o convite formal da reunião, no entanto, menciona o projeto para a implantação de um batalhão de patrulhamento tático da PM na cidade.

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Lideranças da CDL, Ajorpeme e Acomac, que integram o comitê, adiantaram à reportagem que não aprovam a intenção de se reduzir o número de DPs. Há consenso entre as três entidades de que o Estado deveria priorizar o reforço no efetivo policial da cidade em vez de considerar diminuir a atual estrutura da Polícia Civil em Joinville.

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Há quase duas décadas, o contingente é o mesmo na cidade: cerca de 170 policiais civis. Já a Acij, por enquanto, tem posição mais comedida. O presidente da entidade, João Martinelli, defende que é preciso

conhecer o planejamento em detalhes antes de se manifestar.

À reportagem, o delegado-geral Artur Nitz reforçou que a intenção da delegacia-geral é otimizar o atual efetivo policial distribuído nas DPs de Joinville.

A POSIÇÃO DE CADA UMA

– Álvaro José Bogo, presidente da Acomac

Somos contra. A sociedade joinvilense luta por mais câmeras, maior efetivo policial. Nada disso conseguimos até agora. O que temos escutado é aumento de assassinatos, assaltos a residências e comércio. Sabemos que não é o número de DPs que vai coibir, é o número de policiais na rua, mas o bandidos vão achar que a cidade está abandonada. Queremos mais gente para trabalhar nas ruas.

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– Carlos Grendene, vice-presidente financeiro da CDL

Temos que ouvir o que o Estado tem a dizer. Se vai diminuir delegacias e aumentar o contingente, por exemplo. Tem que haver uma explicação mais condizente. Da maneira como foi colocado, é retroceder, teríamos que repelir. Nosso apelo é antigo. Por mais policiais, por mais câmeras de segurança.

– Silvana Fioravanti, presidente da Ajorpeme

Não conseguimos entender como isso pode melhorar nossa segurança. Simplesmente reduzir não nos traz benefícios. Não temos delegacia no Centro, ficaríamos com quatro DPs, é muito pouco. Se for uma proposta casada com automatização de BOs, até faria sentido, mas queremos entender. Em princípio, somos contrários.

– João Martinelli, presidente da Acij

Nossa posição é muito simples. Não podemos nos manifestar sem conhecer toda a proposta. Em princípio, a ideia de se colocar mais policiais na rua é boa, mas não se sabe o efeito colateral disso. É mais

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sábio entender o que o Estado quer para depois nos manifestarmos.