A retomada da confiança no País e a superação da crise financeira estão entre os principais desafios do novo governo para as entidades empresariais de Joinville. Representantes da Associação Empresarial de Joinville (Acij), da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme) estão otimistas e acreditam que o País começa agora a trilhar o caminho para a recuperação.
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Na manhã desta quinta-feira, depois de uma madrugada de votação, o Senado aprovou, por 55 votos a 22, a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Com o resultado, a petista será afastada do cargo por 180 dias, até o julgamento final. O vice, Michel Temer (PMDB), assume como presidente em exercício.
Para o presidente da Acij, João Martinelli, o momento é de otimismo, principalmente porque o País deixa para trás a falta de expectativa em que vivia. Para o empresário, este é um dos pontos mais importantes da saída de Dilma: o afastamento da má vontade generalizada que antes vigorava contra o governo.
– A presidente Dilma não tinha mais condições de governabilidade. E não estou falando sobre o Congresso. Mas da desaprovação popular mesmo. Então, sem entrar nos méritos do Senado, acredito que o afastamento é positivo. Antes, o brasileiro não enxergava melhora pela frente. Há mais de um ano o governo não apresentava uma agenda positiva.
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Carlos Eduardo Souza, presidente da Ajorpeme, também aposta na retomada do crescimento e da credibilidade. As mudanças, acredita o dirigente, devem ser sentidas a médio prazo. Em 12 meses, avalia, o Brasil já poderá contar com uma inflação mais baixa e teremos um país diferente.
E é esta esperança que também anima os representantes da CDL. De acordo com José Manoel Ramos, conselheiro da entidade, o momento é de otimismo, mas também de cautela, pois muitos lojistas passam por dificuldades.
– A nossa expectativa é de esperança, como se tivesse ocorrido uma nova eleição. O setor de varejo enfrenta 7% de queda no consumo, tanto em produtos supérfluos quanto nos de primeira necessidade. Isso mostra que as pessoas estão enfrentando dificuldades. Sabemos que a retomada será lenta, mas é este o caminho para a recuperação
Os primeiros nomes apresentados por Temer também apontam mudança de rumo e indicam um abandono de uma política feita de ideologia e de crenças pessoais, segundo o empresário Martinelli.
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– Com Henrique Meirelles na pasta da Fazenda, por exemplo, é provável que o Brasil volte a fazer acordos com a Europa e os Estados Unidos. Precisamos nos abrir para os países mais ricos. Me parece que teremos uma grande mudança e a retomada da credibilidade com Meirelles.