Uma reunião às 14h30min de quinta-feira, na Câmara de Vereadores, pretende abrir o debate público para uma questão que assusta os moradores de Florianópolis, o aumento de impostos, como IPTU e ITBI. Projeto de lei enviado pela prefeitura encontra-se para ser votado pelo Legislativo Municipal até o final do ano.
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O encontro foi marcado nesta terça-feira, depois que representantes de cerca de 30 entidades estiveram com o presidente César Faria. Na reunião desta quinta-feira vai estar presente o secretário da Fazenda de Florianópolis, André Luiz de Rezende. O objetivo é sensibilizá-lo com relação aos cálculos.
Pelo projeto de lei, a prefeitura propõe aumento da alíquota dos atuais 2% para 3% sobre o valor de venda. Imóveis financiados pela primeira vez pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) _ como os do Programa Minha Casa Minha Vida _, que hoje pagam somente 0,5%, também passarão a arcar com a alíquota de 3% _ um aumento de até 500% no valor do ITBI
A prefeitura garante que mudanças no IPTU procuram proteger a classe média e isentar famílias com menor renda. Os novos valores teriam sido obtidos com avaliação de cada imóvel e pesquisas em registros de cartórios e seriam consequência do processo de reavaliação de planta de valores genéricos na cidade, que teve início em 2009, e que passou por todos os logradouros. O prefeito Cesar Souza Junior chegou a dizer que ninguém vai pagar o dobro do que vinha pagando.
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Não é o que entende Fernando Willrich, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e Condomínios Comerciais e Residenciais (Secovi). Para ele, vem um aumento de 123% no IPTU.
Além disso, diminuição de 5% no valor quando pago a visto, que cai de 20% para 15%. Willrich diz que as entidades não aceitam o aumento nos valores propostos e exigem uma audiência pública para tratar do assunto. Explica, ainda, que a moblilização é necessária pois ninguém sabe o quanto irá pagar de IPTU. Em um encontro anterior, no Centro de Diretores Lojistas (CDL) estiveram 30 entidades.