Entidade que cuida de pessoas em vulnerabilidade social pede ajuda

O sorrisão de dona Lina da Silva, de 64 anos, não nega que ela está sendo bem tratada. Tanto que ao ser questionada do que mais gostava do lugar onde morava, ela não titubeou: comer! Ao mesmo tempo ela mostrou a unha, delicadamente pintada, e os cabelos na cor vermelha. A simpática senhorinha estava feliz.

Lina mora há 13 anos em Orionópolis, uma obra social de caráter filantrópico e eclesial, que fica em São José, criada pela Pequena Obra da Divina Providência, congregação de Dom Luís Orione. A entidade, mantida através de convênios e doações, atende 60 pessoas em situação de extrema pobreza, que possuem algum tipo de deficiência motora ou mental e que, infelizmente, foram abandonadas por suas famílias.

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Dona Lina, por exemplo, morava com os pais quando nova e por 23 anos foi atendida por um familiar. Quando ele morreu, ela não tinha ninguém. Foi enviada à Orionópolis onde conta com atividades de fisioterapia, psicóloga, fonoaudióloga, aulas de artesanato, recebe o carinho até de pessoas que pintam suas unhas e cabelos, e apoio de uma equipe de 12 técnicos em enfermagem, dois enfermeiros e 11 cuidadores.

— Atendemos pessoas que não têm mais ninguém. É a única entidade em Santa Catarina que realiza este serviço. E para nos manter, precisamos pedir esmolas — definiu o responsável pela entidade em São José, o padre José Manoel dos Santos, o popular padre Maneca.

Com a crise econômica, as doações para manter Orionópolis diminuíram drasticamente. As pessoas não têm levado mais sequer comidas ou roupas.

— Entendo que isto é normal em um período de crise. Mas desempenhamos um papel que deveria ser do Estado. Ajudamos pessoas gratuitamente, seguimos todas as normas de legislação e sindicatos. E temos 72 funcionários. É muito difícil para manter. Precisamos de ajuda — enfatiza padre Maneca.

Hoje, Orionópolis possui dois convênios com prefeituras, de São José e Florianópolis, para ajudar nos custos. O “Bazar da Pechincha”, de roupas e móveis, também é uma das fontes de rendas da entidade.

Para ajudar

A oportunidade para ajudar já está aí. Neste fim de semana, 10 e 11 de setembro, ocorre a 25ª Orionflores, um dos principais eventos da entidade para angariar fundos. A festa é em comemoração ao aniversário de bodas de prata de Orionópolis no bairro Ponta de Baixo, como sua sede oficial. A instituição surgiu em 1987, em Capoeiras, na casa paroquial de uma igreja.

A programação da festa está bem diversificada: tem café colonial na tarde de sábado e domingo; sábado tem exposição de flores a partir das 9 horas; e pela noite, no mesmo dia, tem o sorteio de prêmios como uma moto.

No domingo, o Lar São José será reinaugurado às 11 horas. A expectativa é que o espaço, uma casa, possa atender mais 40 pessoas. No entanto, ainda é preciso garantir a mobília, como armários e camas hospitalares, que ainda não foram doadas.

Ao meio dia terá churrasco com buffet livre. O preço é de R$ 40, para duas pessoas.

O que você pode doar?

Comida:

Leite;

Feijão (Arroz não precisa!);

Açúcar;

Café;

Achocolatado;

Bolacha doce e salgada;

Frutas e verduras.

Produtos de limpeza e higiene:

Fraldas geriátricas nos tamanhos M e G (uma das principais demandas);

Xampu;

Lenço umedecido;

Sabonete;

Aparelho de barbear;

Demais produtos para limpeza dos espaços.

Mais:

Medicamentos (ligar na entidade para ver qual a necessidade);

Roupas e sapatos em bom estado;

Brinquedos;

Móveis (em bom estado. Quebrados e com cupim não ajudam, pois são para venda no bazar).

Como doar em dinheiro

A Orionópolis conta com três contas bancárias para a transição:

Caixa Econômica Federal

Agência: 1784

OP: 003

CC: 181-4

Banco do Brasil

Agência: 2638-7

CC: 351030-1

Bradesco

Agência: 1348

CC: 640-8

Como e onde?

Os mantimentos e doações podem ser levados até Orionópolis, que fica na rua Frederico Afonso, 5568, na Ponta de Baixo, em São José. A entidade também busca as doações. É só entrar em contato no número (48) 3343-0087. Conheça mais sobre a entidade pelo site www.orionopolis.org.br. Se quiser conhecer o espaço antes de doar, as portas também estão abertas para visitas. De segunda a segunda, das 9 às 11 horas e das 14 às 17 horas.