Pouco mais de 24 horas depois do ato de vandalismo que destruiu a estátua de Iemanjá, no bairro Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, a Sociedade Ylê de Xangô busca soluções para recuperar a imagem. Marlus Henrique Tanner, filho do Babalorixá Tacques, líder da entidade, disse nesta sexta-feira (20) que o grupo não dispõe dos recursos necessários para a restauração.
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Segundo ele, a direção da entidade deve se reunir neste fim de semana para discutir de que forma será possível arrecadar dinheiro para que a imagem seja reparada.
— Ainda falta reunir o pessoal do Ylê, porque a gente não tem o recurso financeiro para fazer a restauração. Tem bastante gente pelas redes sociais que está manifestando interesse em ajudar — diz.
A imagem é um dos pontos turísticos do bairro Ribeirão da Ilha, o mais antigo de Florianópolis, localizado no Sul da Ilha de SC. A estátua de Iemanjá foi colocada no local em 2013 pela entidade e foi reconhecida pela prefeitura e pela Câmara de Vereadores como um espaço público, recebendo a denominação de "Recanto de Iemanjá".
Por volta das 10h30min de quinta-feira (19), uma mulher quebrou parte da estátua a marretadas. Um vídeo mostrando a atitude foi divulgado por redes sociais e gerou revolta nos moradores. As mãos, um ornamento na cabeça e a base foram as partes mais danificadas. Depois de quebrar a imagem, a mulher entra em um carro e vai embora.
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O caso foi registrado na Polícia Civil, que busca imagens de câmeras de segurança do entorno para tentar identificar a autora do vandalismo. Quem tiver informações pode denunciar junto à 2ª Delegacia da Capital, que fica no bairro Saco dos Limões.
Protesto
Algumas entidades sociais organizam um protesto contra a intolerância religiosa. O ato está marcado para este domingo (22), a partir das 17h, na Freguesia do Ribeirão da Ilha. Entre as instituições que participam da organização está o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, da Faculdade Católica de Santa Catarina.
O núcleo emitiu uma nota de repúdio contra a depredação, em que afirma estar "estarrecido diante do vandalismo motivado pela intolerância, uma vez que reafirma o compromisso de seus membros de promover o diálogo e o conhecimento das comunidades religiosas diversas".