Fechado desde novembro de 2011, o Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, reabre as portas para os primeiros atendimentos até abril – com outro nome e sob nova direção. Desde janeiro, o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), de Esteio (RS), trabalha em reformas no prédio, assumindo integralmente a administração da unidade. A entidade gaúcha, privada e sem fins lucrativos, projeta que todo o hospital estará funcionando novamente em junho ou julho.
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O investimento inicial do Isev para os reparos e manutenções é de R$ 1 milhão, com previsão de ampliações estruturais e de atendimento nos próximos anos. O prédio foi locado a princípio por 10 anos, com possibilidade de renovação.
As obras vão adequar algumas alas hospitalares, que não estavam de acordo com as exigências da Vigilância Sanitária. O bloco cirúrgico vai mudar de lugar e será ampliado, enquanto a UTI neonatal passará por adequações e uma nova UTI para adultos será construída.
– No máximo até no meados de abril vamos começar com o centro clínico, que vai ter em torno de 10 consultórios atendendo os pacientes – afirma o presidente do Isev, Juarez Ramos dos Santos.
O instituto vai oferecer exames como tomografia, mamografia, raio-X, endoscopia e colonoscopia, entre outros. Nas especialidades, o foco deve ser na traumatologia, ortopedia de média e alta complexidade e neurocirurgia – que, assim como as UTIs, serão assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Atendimentos em áreas diversas como fisioterapia, proctologia e gastroenterologia também estão previstos, estes apenas com convênios médicos ou consultas particulares.
Filantropia
O Instituto Vida é uma entidade particular sem fins lucrativos, constituída em 2005 no Rio Grande do Sul. Além de manter uma comunidade terapêutica em Esteio (RS), o Isev administra hospitais em outras quatro cidades gaúchas: Taquari, Arroio dos Ratos, Cacequi e Bom Jesus.
Em Santa Catarina, o agora ex-Santa Inês é a segunda unidade que será administrada pela instituição, se juntando ao hospital de Fraiburgo. Conforme Santos, a ideia em Balneário Camboriú é aprimorar o atendimento e oferecer um serviço de qualidade à população do Litoral. Inclusive os profissionais que vão atuar no instituto devem ser preferencialmente da região:
– Queremos o apoio da comunidade, para trabalhar em parceria e melhorar a saúde, que sabemos que tem vários problemas tanto na área pública quanto na privada.
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Dono do imóvel faz cobrança à prefeitura
Previsto para a última segunda-feira, o leilão do Hospital Santa Inês foi suspenso porque as dívidas trabalhistas, que giram em torno de R$ 1 milhão, foram pagas. Dono do hospital, o doutor Jau Noé Gaya não confirmou à reportagem do Sol Diário se quitou sozinho toda o débito da instituição.
Como responsável pelo imóvel, porém, ele afirmou que vai redirecionar a cobrança para a prefeitura. Isso porque o médico alega que a dívida acumulada corresponde à época em que o Santa Inês estava sob intervenção do poder público municipal, entre maio de 2008 e novembro de 2011.
– Ainda tem algum valor para ser acertado, mas tem uma prazo para fazer isso. Depois vou cobrar o que é de direito – afirma.
Segundo o procurador jurídico do município, Marcelo Freitas, a prefeitura ainda não recebeu nenhuma nova solicitação relacionada às dívidas do hospital. O que continua tramitando – ainda sem novidades – é uma ação de indenização impetrada por Gaya há alguns meses.
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