As Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) surgiram no dia 26 de maio de 1959. A instituição é fruto da peregrinação da freira durante mais de uma década em busca de um local para abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador. As Osid iniciou quando Irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pediu autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio.

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Atualmente, a entidade filantrópica abriga um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com cerca de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, na Bahia, a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas e crianças e adolescentes em situação de risco social.

A sede das Osid abriga, em seus 40 mil metros quadrados de área construída, 20 dos 21 núcleos da entidade, incluindo 954 leitos hospitalares para o atendimento de patologias clínicas e cirúrgicas. Desses núcleos, 19 apresentam atuação no campo da Saúde, a exemplo do Hospital Santo Antônio, Centro Geriátrico, Hospital da Criança, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência e Centro Especializado em Reabilitação e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas.

A sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, é quem administra as Osid. Ela recorda que foi resistente em assumir a função de superintendente, porém foi vencida pela persistência da tia que a tinha como a pessoa ideal para ficar a frente da entidade.

Legado sólido

Sobre o que muda para a instituição com a canonização da fundadora, Maria Pontes foi enfática a dizer que "o que não muda a filosofia que ela deixou". No entanto, observa que será uma oportunidade para alavancar o turismo religioso com o Memorial e o Santuário da Irmã Dulce, localizados no bairro de Roma.

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Maria Pontes diz ainda que a canonização terá impacto até no Santuário do Bomfim, isto porque a prefeitura de Salvador autorizou as obras para o “Caminho da Fé”, ligando o local à Basílica do Senhor do Bonfim.

– Não ficará somente nas obras sociais o benefício, vai mais além para todo o território da peninsula itapagipana.

O turista que vir visitar as obras sociais de Irmã Dulce, o Memorial, Santuário, a lojinha, ele também permanecerá mais tempo no entorno. Temos que preparar o receptivo de todo o território – comentou.

Trabalho Social realizado na Osid
Trabalho Social realizado na Osid (Foto: Osid/ Divulgação)

A superintendente afirma que o legado da Santa Dulce dos Pobres prosseguirá sólido em seu propósito.

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– Continuar muito firme na causa da instituição, que é muito nobre e que nos diferencia. Ela é uma pessoa muito especial. Deixou um exemplo muito forte de amor, solidariedade, compaixão, abnegação, obstinação, fé e coragem para todos nós. Salvador, a Bahia, o Brasil ganha a primeira santa brasileira de nossa época. Tem uma importância muito grande para todos.

Qualquer pessoa pode doar para a Osid por meio do site Irmã Dulce.

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