O Enterro da Tristeza comemorou os seus 60 anos nesta quinta (8) mostrando por que é uma das festas mais longevas do Carnaval de Florianópolis. Sob um calor que chegou a 31°C, uma multidão se reuniu no Centro da Capital para acompanhar o evento do Bloco SOS. O público foi de 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.
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— Minha amiga tá precisando enterrar a tristeza, então eu quis vir nesse bloco junto com ela — explica a foliã Graciele Martins, de 25 anos, citando um dos motes do evento.
A concentração começou às 14h, na esquina das avenidas Hercílio Luz e Mauro Ramos, ao som das bandas A Voz do Samba e do cantor Vivinho. Por volta das 20h, o bloco saiu em direção à Praça Fernando Machado, acompanhado pela tradicional Banda do Zé Pereira do Ribeirão da Ilha.
À frente do bloco, estava o famoso carro alegórico em formato de caixão, sobre os quais estavam os protagonistas do Enterro da Tristeza: o Defunto, a Viúva, a Morte e o Padre. Pela festa, eles andavam como celebridades, posando para uma foto atrás da outra.
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— O Enterro da Tristeza começou lá atrás, em 1964, numa quinta-feira. Aproximadamente 10 pessoas fizeram um caixão de papelão, botaram um boneco dentro e saíram batendo lata pelo centro da cidade para criar um dia a mais de folia. Essa alegria contagiou e hoje é uma satisfação estar aqui — diz o José Jacques, diretor do Bloco SOS, que realiza o Enterro desde 1995.
Público diverso
O público era diverso. Na multidão estavam jovens e idosos, homens e mulheres, casais e grupos de amigos. Alguns vieram de outros Estados para prestigiar o Enterro da Tristeza:
— O dia está maravilhoso e eu estou amando. Sou do Paraná e vim só pra curtir o Carnaval na melhor cidade do país: Florianópolis — diz Ana Julia, de 19 anos, que foi ao Carnaval com uma fantasia de coelho.
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Outros são velhos conhecidos do bloco. O manezinho Pedro Leal, de 70 anos, por exemplo, vem “enterrar suas tristezas” há 10 anos.
— Gosto de vir porque é tranquilo, é bom para se divertir, tomar cerveja e ver os amigos — diz ele. — O calor nem senti porque fiquei em baixo da sombra — brinca.
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