Foi enterrada no início da tarde desta quarta-feira (4), no Cemitério Municipal de Guatambu, a menina venezuelana Yannelis Cermeno Acosta, de dois anos, que morreu afogada na tarde de terça (3). Ela brincava no pátio de casa na linha Flor, interior do município.
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De repente, a mãe sentiu falta da menina e chamou a irmã, Eylin Guacare, que estava com a vizinha, Marlene França.
— Ela gritou: "A Aninha está aonde?" Aí começamos a procurar e encontrei a menina caída no açude, com as pernas para cima — contou Marlene, em entrevista para a NSC TV Chapecó.
Os familiares e vizinhos tentaram reanimar a menina, que foi levada ao posto de saúde que fica a três quilômetros do local. De lá, o Samu a encaminhou ao Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, onde já chegou sem vida.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local e um laudo será emitido em 30 dias. O local onde a menina morreu tinha cerca de 70 centímetros de profundidade.
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Seus pais estavam inconformados no velório, que ocorreu na capela comunitária de Guatambu. Eles chegaram na cidade há cerca de 10 dias e foram morar na casa alugada por Eylin Guacare.
Ela contou que seu marido veio com um grupo de venezuelanos que chegou na região em maio, com um avião do Exército, para trabalhar em uma agroindústria. Depois ela vendeu tudo que tinha em Boa Vista, em Roraima, para conseguir uma passagem até a cidade. Gostou tanto que chamou a irmã e o cunhado para virem a Santa Catarina.
— Estava difícil em Boa Vista e eles vieram para cá para tentar um trabalho, conseguiram passagens com ajuda da ONU, Polícia Federal, e tinham entrevista de emprego marcada para esta quarta-feira. E agora a minha sobrinha veio a falecer. É horrível — lamenta Eylin.
Ela disse que os pais da sobrinha vão procurar alugar outra casa, pois a lembrança do que aconteceu vai ficar muito forte. Além de Yannelis, o casal tem mais dois filhos, de quatro e seis anos.
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