A primeira parcial da segunda análise de balneabilidade do ano feita pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em Santa Catarina começou a ser divulgada nesta terça-feira _ o relatório completo está previsto para ser publicado nesta sexta-feira. A maioria dos pontos divulgados, 49 de 58, estão localizados em Florianópolis e os resultados são com base nas coletas feitas no dia 8 deste mês, conforme dados arquivados no site da Fatma.

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Até agora, as praias da Capital somam pelo menos 30 pontos próprios e outros 19 pontos impróprios para banho. A região costuma ter 75 pontos avaliados. Nenhum desses 30 pontos que estavam próprios no primeiro relatório do ano, divulgado na íntegra na última sexta-feira, ficaram impróprios. Houve uma melhora em 10 pontos, que passaram de impróprios, para próprios, como é o caso de Jurerê. Na semana passada todos os seis pontos da região estavam impróprios, mas agora apenas um está nessa classificação.

Os dos outros nove pontos analisados, que estão distribuídos em Barra Velha, Joinville e Itapoá, região norte do Estado, cinco estão próprios e os outros quatro, impróprios. Todos os impróprios estão localizados em Barra Velha, local que na avaliação passada também estava com essa classificação. Já nos demais, a Praia de Vigorelli, em Joinville, que estava sem condições de banho, passou a ficar apta. Em Itapoá, o único ponto impróprio da última avaliação também melhorou e agora os quatro locais na região estão próprios para banho.

Na avaliação do gerente de pesquisa e análise da qualidade ambiental da Fatna, Oscar João Vasques Filho, a maioria dos pontos, até agora, foi classificada como apta para o banho, demonstrando queda nos pontos impróprios.

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Entenda como é feita a análise

Vasques Filho explica que a Fatma segue as normas da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e, por isso, é analisado sempre o conjunto das últimas cinco análises. Nesse cenário, para que um ponto seja considerado impróprio, duas dessas cinco análises precisam ter resultados negativos _ mais de 800 coliformes por 100 mililitros de água _ ou se em apenas uma coleta for localizado mais de 2 mil coliformes por 100 mililitros de água.

Nesse caso, Vasques Filho cita como exemplo a situação de um dos pontos na praia de Jurerê Internacional, localizado em frente a Avenida dos Salmões.

— Ali era um ponto de grande propriedade, mas com a chuvas, em uma única análise, na semana passada, ela superou 2 mil coliformes por 100 mililitros, passando a ficar imprópria automaticamente. Como esse ponto tinha um bom histórico, as últimas cinco análises ali eram boas, agora nesta análise, sem coliformes, o ponto voltou a ficar próprio. Porém, se na próxima der acima de 800 (coliformes por 100 mililitros), ele junta com essa de 2 mil e fica impróprio — detalha.

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A imagem abaixo demonstra a situação explicada por Vasques Filho, com o ponto em Jurerê e seu histórico de análises. Na semana passada, o ponto ficou impróprio pois, segundo a Fatma, foi identificado mais de 2 mil coliformes na amostra, o que deixa o local automaticamente impróprio. Já como nesta semana a análise demostrou que bons resultados (menos de 800 coliformes por 100 mililitros de água), o ponto voltou a ficar próprio. Caso tivesse sido identificado mais de 800 coliformes por 100 mililitros, seria preciso que este resultado permanecesse por mais uma análise, só então o ponto estaria impróprio.

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