Ministra desde 2011, quando substituiu Ellen Gracie no Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber é dona do voto que deve definir o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De perfil discreto, a magistrada preserva seu posicionamento sobre o cumprimento de pena depois de superado o julgamento em segunda instância.

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Por isso, o entendimento da ministra aparece como uma incógnita na análise do habeas corpus preventivo do ex-presidente. Em 2016, quando o STF decidiu pela pena antecipada, Weber posicionou-se contrária à medida e disse que o entendimento confronta a presunção de inocência. “Não vejo como se possa chegar a uma interpretação diversa”, escreveu, à época.

Entretanto, desde a mudança de entendimento pelo Supremo, Weber acumula votos favoráveis à execução da pena após a segunda instância alegando que cumpre jurisprudência do Supremo. Por isso, especula-se que possa rever seu posicionamento.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, a magistrada negou liberdade a 57 de 58 condenados em segundo grau desde 2016. Em parte das decisões, sublinhou que contrariava sua posiçãopara acompanhar a orientação definida pela maioria dos colegas.

Já os outros dez ministros costumam deixar seus posicionamentos mais claros. Pelas declarações públicas dos magistrados, o placar estaria 5 x 5 pela pena antecipada, deixando Weber com o fiel da balança.

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