Apesar de ser mais conhecida pelo apelo sensual – explorado pela televisão e pelo cinema em cenas clássicas como a da todo-poderosa Demi Moore, no filme “Striptease”, de 1996 -, a pole dance também tornou-se uma prática esportiva e artística. Os profissionais que a ensinam, aliás, estão batalhando para incluí-la nas competições olímpicas e existe até uma organização, a The World Pole Dance Federation (WPDF), para cuidar dos aspectos esportivos, além da realização de campeonatos e mostras em todo o mundo, inclusive no Brasil.
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Engana-se também quem pensa tratar-se de uma atividade surgida recentemente. Apesar de ser nova como esporte, sua origem está ligada ao mallakhamb, um tipo de ioga acrobática, praticada em um poste de madeira desde o século 12, na Índia. Posteriormente é que a pole dance passou a ser uma dança sensual, realizada em boates e, agora, populariza-se como uma modalidade fitness, misto de esporte e dança, com técnicas, regras, movimentos de ginástica e coreografias.
– É um exercício que estimula a flexibilidade, força, resistência muscular, autoestima, sensualidade e redução de peso. Além disso, é bastante democrático porque pode ser praticado por homens, mulheres e crianças de todas as faixas etárias e portes físicos -, defenda a instrutora de pole dance Sabrina Lermen, que tem um estúdio em Joinville há dois anos e 12 turmas de cinco alunas com idades que variam entre 14 e 65 anos. Sabrina faz pole dance há três anos e meio, mas há dez anos faz aulas de circo acrobático, com mastro chinês, no qual praticava movimentos muito semelhantes à pole.
Para uma das alunas de Sabrina, a estudante Fernanda Fortes de Oliveira, de 21 anos, esse aspecto democrático da atividade é um dos maiores atrativos.
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– Eu sempre gostei de dança, já fiz balé e jazz, por isso me interessei e fiz uma aula experimental e resolvi me matricular. Além disso, não tem competição e aquela ditadura do corpo. Você não precisa ser magra para fazer. Eu passei a me aceitar mais -, afirma.