Crises de tosse, falta de ar e, em casos graves, queimaduras nas vias aéreas e até asfixia. Esses são alguns dos perigos de ficar exposto à fumaça em casos de incêndio. Os episódios de segunda-feira em Blumenau reforçam a importância do cuidado para evitar problemas referentes à inalação.
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Segundo o pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, Ricardo Albaneze, não existe tempo mínimo seguro de exposição, por isso ele dá algumas recomendações: afastar-se assim que possível e usar máscara, pois impedirá que a pessoa inale partículas tóxicas que vêm com a fumaça.
O especialista reforça o alerta também em virtude do tempo em que a qualidade segue prejudicada. Consideradas as devidas proporções, ele exemplifica. – Recentemente o grande incêndio florestal na Califórnia fez com que os níveis de poluição aérea tornassem este estado com a qualidade do ar pior do que os grandes centros poluidores da China.
O pneumologista aponta que as reações à exposição podem ocorrer imediatamente ou em até 48 horas. Os sintomas costumam ser claros, como tosse, chiado no peito, falta de ar, tontura, enjoo e boca seca. Aí a primeira medida é buscar atendimento médico.
– Podem ser necessários o uso de oxigênio, inalações e medicamentos endovenosos. Caso tenha dificuldade de acesso médico e já use medicamentos inalatórios, estes podem ser aplicados. É estimulado consumo de água – pontua Albaneze.
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