1 – Erro no planejamento para a temporada
Joinville se reapresentou para a temporada de 2015, em janeiro, com cinco novidades no elenco: o zagueiro Dráusio, o lateral Luís Felipe, o volante Geandro, o meia Eduardo e o atacante Bruno Furlan. Nenhum deles sequer jogou a Série A. Esse é apenas um exemplo das péssimas apostas que diretoria e comissão técnica fizeram, desde o começo do ano, para montar o grupo que disputaria a elite do futebol brasileiro.
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2 – Falta de qualidade técnica
O erro nas contratações se refletiu na baixa qualidade técnica. Um exemplo é a inoperância do ataque. O Tricolor passou da primeira fase com sete gols em nove partidas, sendo o pior ataque da fase de classificação. O problema persistiu no restante do ano, custando caro no Brasileirão. O ataque passou em branco em 20 dos 35 jogos que realizou até agora.
3 – Demora para diagnóstico do problema
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Com méritos pelo que fizeram em 2014, o técnico Hemerson Maria e o superintendente César Sampaio tinham credenciais para continuar à frente do Tricolor em 2015. Mas o trabalho da dupla no primeiro semestre não teve a mesma eficiência. O time se classificou à segunda fase do Estadual aos trancos e barrancos e foi eliminado pelo Ituano na Copa do Brasil. O treinador só perdeu o cargo após a quinta rodada da Série A, quando já somava oito partidas sem vitórias (somando o Estadual). César Sampaio demorou ainda mais a sair: deixou o clube juntamente com Adilson Batista, dando lugar a João Carlos Maringá.
4 – O susto com a Série A e a transição de treinadores
O Joinville iniciou o Brasileirão sem acreditar que poderia enfrentar os outros times de igual para igual. Com Hemerson Maria, a ordem era defender antes da linha do meio de campo. Adilson Batista chegou com uma nova postura, mas perdeu o poder sobre o vestiário ao contratar jogadores de sua confiança e deixar de lado atletas que eram líderes dentro do grupo. Quando PC Gusmão chegou, aconteceram melhoras. Mas o rombo pelo péssimo início já era grande.
5 – Perda de pontos importantes dentro de casa
A força da Arena sempre foi o diferencial do Joinville, independentemente da competição que o time disputasse. Mas, neste ano, tropeços dentro de casa custaram caro. Os empates por 1 a 1 com a Ponte Preta (num gol sofrido após um pênalti bobo), 0 a 0 com Chapecoense (jogo que o JEC não criou nada) e 1 a 1 com Sport (partida em que levou gol nos minutos finais) fizeram o Tricolor perder seis pontos que deixariam a equipe em outra situação neste momento da competição.
6 – A pífia campanha como visitante
Uma vitória, três empates, 14 derrotas. Apenas seis pontos conquistados como visitante. Se como mandante o JEC teve dificuldade para se impor, fora de casa o desempenho do JEC foi ainda pior. Tomando os catarinenses como referência, é possível ver o tamanho do buraco. O Figueira somou 16 como visitante; a Chapecoense, 14; e o Avaí, 12.
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7 – O número de jogadores utilizados
Com um elenco tecnicamente limitado, não restou outra opção aos treinadores senão testarem diferentes escalações e formações rodada após rodada. Ao contrário de 2014, quando tinha um padrão bem definido, o JEC não se encontrou em 2015. Consequência: é, até agora, o time que mais usou atletas no Brasileirão, com 46 jogadores escalados.
Número de jogadores usados por equipe
20º – Joinville – 46
19º – Vasco – 40
18º – Goiás – 34
17º – Coritiba – 44
16º – Avaí – 36
15º – Figueirense – 39
14º – Chapecoense – 32