Se a bandeira vermelha indica mar perigoso naquele ponto da praia, a Bandeira Azul significa que a praia tem um trabalho diferenciado no que envolve limpeza, cuidados com balneabilidade, acessibilidade e principalmente educação ambiental. O símbolo que fica hasteado em algum ponto visível da faixa de areia foi entregue no último mês de dezembro para a Lagoa do Peri, em Florianópolis, e para a Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos. Além desses dois lugares catarinenses, apenas outros quatro têm a bandeira tremulando nesta temporada de verão.
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— Receber a bandeira azul não quer dizer que a praia está perfeita. Significa que ela tem um projeto de melhora constante, que se não houver continuidade pode levar a retirada da bandeira. Por isso a educação e o engajamento de quem frequenta o lugar é importante — explica Leana Bernardi, diretora técnica do Programa Bandeira Azul no Brasil.
Entenda mais sobre a Bandeira Azul
A Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, passou dois anos no projeto piloto para se adequar a alguns critérios mínimos que garantem a certificação. Nesta temporada, quem chega à beira do mar encontra lixeiras distribuídas próximas às dunas ao longo de toda a orla. O acesso é indicado através de passarelas que evitam a degradação da vegetação de restinga, que separa a praia das ruas do bairro. Ao lado do principal posto de salva-vidas, há acesso até o mar para pessoas com deficiência, chuveiros e banheiros.
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— As pessoas que conhecem o programa bandeira azul sabem que essas praias têm melhor infraestrutura e garantias de qualidade quanto a limpeza e balneabilidade. Esperamos ser reconhecidos pela população e turistas por isso — avalia o secretário de Turismo de Governador Celso Ramos, Ismael Valese.
O trabalho também conta com a parceria de quem trabalha na praia. Adriana Ávila Farias é proprietária de um comércio de bebidas e comidas na praia e atende o pedido para orientar as pessoas sobre limpeza da praia e para manter o entorno da vendo sempre limpa.
— Nos últimos quatro anos houve uma melhora muito grande. A restinga está mais recuperada e limpa e percebe-se que as pessoas têm mantido a praia mais limpa — conta Adriana.
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Mas a percepção dos turistas que frequentam o lugar ainda é pequena. Alguns notam que a praia está mais limpa e que o acesso foi fácil como o casal Juliana Oliva e Bruno Franco, de São Paulo. Os gaúchos Elevi Cortellini e Carla Garci repararam na preservação da restinga e os florianopolitanos Liziane Silveira Ghedin e Luis Mário Ghedin no atendimento prestativo dos salva-vidas.
— Percebe-se que há cuidados e acredito que isso possa fazer diferença, mas isso não implica na escolha sobre qual praia ir — comenta Liziane.
Segundo a diretora técnica do programa, a Bandeira Azul traz resultados sobre o público turístico a partir do segundo ano em que está na mesma praia.
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— Para os turistas que vêm de longe e passam dias no mesmo lugar pode fazer alguma diferença na escolha. Gestores de praias como a do Tombo, em São Paulo, que está com a Bandeira há seis anos já percebem um mudança no perfil de público que frequenta o lugar — ressalta Leana.