A língua portuguesa possui diversas expressões que são recorrentes em conversas coloquiais e que, não necessariamente, sua origem é conhecida. Um exemplo é a expressão “Céu de Brigadeiro”, em que pode-se pensar primeiramente no doce tipicamente brasileiro. Ao contrário do que se acredita, a sobremesa não tem nada a ver com essa expressão. Continue a leitura para saber sua origem e como ela caiu na boca do povo.
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Origem da expressão “Céu de brigadeiro”
A expressão não é uma homenagem ao brigadeiro de chocolate, mas tem origem em um jargão militar. De acordo com o site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, do Instituto Universitário de Lisboa, em Portugal, a expressão teve origem no Rio de Janeiro entre as décadas 50 e 60 do século XX e significa que o céu está limpo, sem nuvens e que apresenta pouca ou nenhuma adversidade.
O que significa a expressão “Céu de Brigadeiro”
O brigadeiro está na expressão, pois essa é a patente máxima da Aeronáutica no Brasil, equivalente ao almirante na Marinha e ao general no Exército. Já que o oficial precisa se dedicar muito aos estudos e trabalhos diversos para subir de patente, presume-se que essa pessoa ficou muito tempo sem pilotar. Assim, apenas com um céu limpo e sem nuvens, o brigadeiro conseguiria levantar voo.
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Só no “Céu de Brigadeiro”, segundo o Ciberdúvidas e o livro “Como Pensam os Militares” de Delano Menezes, é que alguém de alta patente consegue pilotar uma aeronave. Porém, a consultora Ida Rebelo do Ciberdúvidas apontou que existe uma conotação positiva para a expressão. Já que o brigadeiro é representado pela insígnia de estrelas, e o céu limpo permite que as estrelas sejam vistas.
Expressão na Cultura Popular
Assim como foi citado, “Céu de Brigadeiro” teve início nas forças armadas, mais precisamente na Aeronáutica. Porém, com o tempo isso foi entrando no vocabulário popular. Muito disso aconteceu devido ao alcance que tinha o rádio naquele período. Segundo o UOL, os locutores de rádio descobriram essa expressão dentro dos quartéis e gostaram.
A partir daí, começaram a usá-la nas transmissões, mais especificamente na hora da previsão do tempo. Desde então, foi questão de tempo até entrar no vocabulário.
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