Após dois casos de gripe aviária serem registrados em Santa Catarina, o governo decretou estado de emergência zoossanitária por 180 dias com o objetivo de conter o avanço da doença e reduzir o impacto econômico. Na prática, a medida facilita a contratação de serviços, funcionários e aquisição de equipamentos, diminuindo a burocracia.
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De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Estado já colocou em prática o plano de contingência previsto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e está realizando vistoria em todas as propriedades rurais em um raio de 10 quilômetros a partir do foco da doença.
Ainda segundo a Cidasc, o foco já foi encerrado, mas as ações na região seguem por vários dias como forma de prevenção. Também estão sendo entregues folders para os produtores rurais, explicando os sinais clínicos mais evidentes da doença e como proceder caso esses sintomas sejam identificados.
Impacto econômico da gripe aviária
Santa Catarina mantém receita milionária todos os anos com as exportações de carne de frango, e responde por, aproximadamente, 16% da produção nacional.
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Nesta semana, o Japão suspendeu a parceria com o Estado na importação de frango e seus subprodutos. Como maiores compradores da mercadoria catarinense há mais de 25 anos, o país asiático gerou para Santa Catarina cerca de 162 milhões de dólares apenas este ano, o equivalente a R$ 770,1 milhões.
De acordo com o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, ainda não é possível mensurar os prejuízos para as grandes empresas catarinenses, já que elas estão encontrando outras estratégias para vender seus produtos.
— Como essas empresas têm unidades de produção de frango em outros estados, certamente elas estão destinando o produto de outros estados para o Japão […] Por enquanto ainda está em fase de avaliação, como está sendo suprido pelas outras regiões. Então ninguém ainda se manifestou sobre impacto econômico — explica o vice-presidente da Faesc.
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