Dois anos podem parecer uma eternidade para a área de tecnologia e não é à toa que o Brasil passou por algumas mudanças significativas neste período. Os fabricantes de desktops, cujas vendas caem a cada virada de ano, entraram no mundo dos tablets, ainda mais presentes no país, com novos aplicativos e modelos. O smartphone virou preferência nacional e as vendas duplicaram no país neste período.

Continua depois da publicidade

A liderança das redes sociais trocou de mãos. Em 2011, 70% dos internautas brasileiros acessavam o Orkut. Atualmente, 88% preferem o Facebook e posicionam o país como o segundo mais presente na rede. Os notebooks ganharam novos parceiros, como os ultrabooks conversíveis. Os Angry Birds fizeram tanto sucesso no mundo dos games que estão chegando ao mundo real e, em breve, serão playgrounds interativos nos shoppings brasileiros.

Mas por que essa comparação se justifica? Por um simples motivo: há dois anos, o Diário Catarinense lançava o caderno BIT, um suplemento voltado para a área de tecnologia e que hoje chega à sua centésima edição. E agora? O que devemos esperar em termos de evolução tecnológica para os próximos dois anos?

O DC ouviu especialistas e a resposta quase unânime foi cloud computing ou computação em nuvem, a bola da vez. O termo significa acessar dados, aplicativos e arquivos por meio de uma rede com internet, sem que eles estejam instalados no equipamento eletrônico.

Para o diretor técnico da Teltec Solutions, Rafael Araújo Silva, o armazenamento de dados em nuvem, que está “revolucionando o modelo de consumo”, irá intensificar-se nos próximos anos.

Continua depois da publicidade

A opinião é compartilhada pelo gerente de marketing para consumidor final da Dell Brasil, Carlos Rabello, que acredita que a indústria poderá testar novos produtos no mercado.

– Com o aumento desta realidade, vai importar cada vez menos o tipo de equipamento que o usuário vai usar, porque os seus dados estarão disponíveis na web em qualquer hora e lugar – explica.

O presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Guilherme Bernard, engrossa o coro dos que apostam na computação em nuvem. Para ele, o recurso incidirá na redução quase completa do número de aplicativos instalados nos equipamentos.

O que eles preveem para o futuro

Joe Takada – Gerente de produtos da Sony Mobile Brasil

“Uma das tendências é a integração das tecnologias. Nós já utilizamos a tecnologia NFC em smartphones, com a qual basta encostar o equipamento na televisão, por exemplo, para passar os dados. Outra tendência são as tecnologias de vestir, como o Google Glass (foto ao lado) e o SmartWatch, um relógio que se conecta ao smartphone.”

Continua depois da publicidade

Rafael Araújo Silva – Diretor-técnico da Teltec Solutions.

“O Brasil poderá incorporar um conceito comum em outros países, o BYOD ou Bring Your Own Device (que, em português, significa traga seus próprios aparelhos). A sigla é uma nova tendência, na qual um número cada vez maior de empresas está permitindo que os funcionários tragam seus smartphones, seus tablets e notebooks para o escritório e isso resulta em uma maior produtividade para a empresa.”

Luciano Bottura – Gerente de marketing e comunicação da Sony Brasil.

“Acredito que o futuro próximo será focado em equipamentos que trazem várias funcionalidades em um produto, como um ultrabook que, ao virar a tela, se transforma em um tablet, lançado recentemente.”

Carlos Rabello – Gerente de marketing para consumidor final da Dell Brasil

“Acredito que a categoria de ultrabooks conversíveis ou híbridos terá mais participação no mercado, pois une alto processamento, portabilidade e alto desempenho em um só produto.”

Gerardo Rocha – Country manager da Kingston no Brasil

“Uma pesquisa da IDC mostra que a quantidade de dados no mundo irá crescer até 50 vezes na próxima década. Por isso, a indústria de memórias terá um grande desafio para o futuro. Uma das soluções são os SSDs, muito mais velozes e resistentes se comparados aos HDs”.

Continua depois da publicidade