O empresário Luciano Hang anunciou nesta semana que irá fechar a Havan de Gaspar por ao menos 45 dias para uma obra enrijecimento do solo mole. Segundo ele, mesmo feita uma análise antes da construção e a colocação estacas, houve movimentação terra. A situação gerou alguns desníveis no piso da loja, além de uma lamina de aproximadamente 30 centímetros de água abaixo do pavimento.
Continua depois da publicidade
Para entender do que se trata o problema apontado pelo empresário, o Santa ouviu um engenheiro Civil. Elgson Lorenzetti explica inicialmente que o termo “solo mole” remete ao solo de baixa resistência encontrado ou produzido sob a edificação ou sob as regiões edificadas, sejam elas pavimentos abertos (estacionamentos) ou fechados (área de lojas).
– O solo ruim, ou de baixa qualidade/resistência, pode ser empregado diretamente ou pode ser produzido, devido a diversos fatores, como: compactação inadequada, falta de análise laboratorial, falta ou falha no sistema de drenagem, destinação inadequada das águas servidas, dentre inúmeras outras possibilidades. O certo é que a água em excesso, não prevista, sempre será um agravante e influenciará de forma direta na capacidade resistiva de qualquer solo – detalha.
Esse tipo de solo pode ser encontrado em qualquer lugar, basta que tenha umidade acima da capacidade de drenagem. Por isso ele recomenda que quem for construir busque um profissional qualificado para o desenvolvimento da obra, pois ainda que ocorram problemas, o responsável técnico será capaz de analisar e dar solução adequada ao problema, mesmo que ele ocorra depois de concluídos os trabalhos.
– A engenharia é muito complexa e trabalha com inúmeros ambientes, fatores, insumos, profissionais, e todos precisam estar em sintonia, se um deles falha, outros poderão apresentar problemas, mas normalmente os problemas sérios ocorrem quando uma conjunção destes elementos conspira ao mesmo tempo e a soma de vários fatores geralmente é o que leva aos maiores problemas – afirma.
Continua depois da publicidade
Em entrevista coletiva, Hang disse que se não for feita a correção do solo, com o levantamento da base, a edificação pode ficar mais baixa que o nível da rodovia e isso pode ocasionar problemas sérios. Também será trocado todo o porcelanato, que já apresenta desnível em alguns pontos devido o solo estar trabalhando, e preenchido com blocos de cimento, água e areia o espaço tomado pela água. De acordo com o empresário, serão investidos entre R$ 3 a R$ 4 milhões no reparo.