A ascensão na carreira se parece, muitas vezes, com o fluxo de uma rodovia. Enquanto uns avançam rapidamente pela esquerda, outros vão mais devagar na faixa da direita, e alguns indivíduos nem conseguem entrar na pista, ficam parados, vendo os outros passarem por ele. Para evitar este tipo de situação, vale a pena conhecer fatores que influenciam nas promoções.

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Atingir as metas é o combustível da carreira. Se, além disso, o profissional cultivar bons relacionamentos, dentro e fora da equipe, e investir no marketing pessoal, o carro vai se deslocar mais depressa. No início, o avanço ocorre no caminho da especialização. Ao alcançar o topo da área técnica, o trabalhador pode ser cogitado para assumir cargos de gestão, quando apresenta perfil para isso.

– Algumas pessoas nasceram para atuar na especialização, são mais práticas, operacionais, com maior controle e detalhamento. São boas naquela tarefa, no pedacinho do processo, então, a tendência é que o RH veja a competência de especialista. Por outro lado, alguns lidam bem com a gestão de talentos, para que o grupo atenda aos objetivos – explica a consultora da empresa 4Search, Simone Turra.

Companhias com políticas de carreira bem estruturadas realizam avaliações que identificam o potencial de liderança. Quando isto não acontece, o próprio profissional pode tentar descobrir seu perfil com a ajuda de empresas especializadas.

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Duas consultorias ouvidas nesta reportagem são unânimes em afirmar que permanecer acomodado fazendo o mesmo trabalho sem olhar para o lado, à espera de que um dia alguém ofereça a grande chance, não é uma boa postura, pois este dia nunca chegará. Confira alguns aspectos que interferem no processo de ascensão de cargos.

Profissionais que se ressentem da estagnação não raro trabalham muito, e não entendem por que nada parece ser suficiente para alcançar o reconhecimento. De acordo com a consultora Simone Turra, não se trata de trabalhar mais e mais, sempre fazendo a mesma coisa.

– Não se pode só “carregar piano”, é preciso ter visão de empreendedor, de chefe, de dono daquela empresa, é o que chamam de talento – explica.

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Comportamento

Há algum tempo, a consultora Lise Chaves observa que as organizações valorizam a multifuncionalidade, estar disponível para migrar de uma área para outra em cargos de gestão. Existe o entendimento de que para ser gestor de uma área técnica não é preciso ter formação técnica, é mais importante saber gerir pessoas.

– Querer assumir novos desafios, contribuir com a equipe, ser participativo e dar sugestões também ajudam. É visível quando as pessoas têm disposição para fazer as coisas. Iniciativa é importante – Lise acrescenta.

Se a empresa passou por mudanças, frases do tipo: “No passado, eu fazia….” não são bem-vindas, observa Simone, que já viu gente perder o emprego por causa da resistência em adotar o novo sistema de gerenciamento após o processo de fusão.

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