Com capacidade de gerar 21% da energia de Santa Catarina, o Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, no Sul do Estado, deverá encerrar suas atividades até 2040, conforme a Lei 712/2019, sancionada no ano passado. Para isso, a empresa responsável, Diamante Energia, começou um processo de transição energética justa, com investimento de R$ 12 bilhões até o prazo final estipulado pelo Governo Federal.

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Entre as ações da empresa que opera o Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda para contribuir com a meta do Brasil de reduzir as emissões de carbono em 50%, até 2030, anunciada durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), estão novos negócios ligados ao combustível de transição mais viável atualmente: o gás natural. Está prevista a instalação de um projeto termelétrico a gás natural com potência instalada de aproximadamente 450 MW, construído no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.

Outra vertente de pesquisa é a tecnologia de captura de carbono. Quando se fala em transição energética, é importante destacar que descarbonizar não é eliminar o uso de combustíveis fósseis, mas sim eliminar a emissão de gases de efeito estufa. Uma geração a carvão, com captura de carbono, é compatível com o conceito de descarbonização.

Para o CEO da Diamente Energia, Pedro Litsek, há perspectiva de que essa tecnologia esteja disponível em breve, já que há um grande investimento a nível mundial em pesquisas sobre captura de carbono.

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— A tecnologia ainda tem que caminhar para questões de custo principalmente. Mas 10 anos atrás, todo mundo falava que energia solar era caríssima, e de repente a tecnologia foi sendo desenvolvida. Hoje várias pessoas têm painel solar na sua casa e estão gerando a sua própria energia — destaca o CEO.

Veja fotos do Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda

Impacto do fechamento da usina de carvão

O Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda tem hoje quatro usinas e sete geradores, com capacidade para gerar 21% da energia de Santa Catarina. No total, são 21 mil empregos diretos e indiretos, com 15 municípios envolvidos na cadeia produtiva de carvão. Por ano, são movimentados R$ 6 bilhões na economia catarinense.

O fechamento do complexo atualmente teria um grande impacto na economia da região. É justamente por esse motivo que foi desenvolvido um projeto de Transição Energética Justa, para que a empresa possa investir em novas formas de geração de energia e realocar os trabalhadores envolvidos hoje na usina de carvão.

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Para que seja possível dar continuidade aos investimentos, a empresa que opera o complexo aguarda a assinatura do Governo Federal de um documento chamado Contrato de Energia de Reserva, que prevê os investimentos para fechamento do complexo até 2040.

— Especialmente no segundo semestre deste ano, estamos sentindo uma atuação mais importante do ministério, e mais pró-ativa no sentido de viabilizar a assinatura desse contrato de energia de reserva dentro do prazo necessário. Existe uma série de investimentos que precisamos fazer e só faremos com a garantia de um contrato — explica o CEO da Diamante Energia, Pedro Litsek.

Com as negociações avançando, a expectativa é que o documento seja assinado no primeiro semestre do ano que vem.

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