Os nevoeiros que fecharam aeroportos de Santa Catarina nesta quarta-feira devem continuar durante nos próximos dias em diversas regiões do Estado. Comuns nessa época do ano, são causados pela diferença de temperatura entre o ar e superfície do solo ou mar. Quando o ar se aproxima de uma área mais fria, a umidade presente nele se condensa, formando gotículas de água em suspensão. Se há pouco ou nenhum vento, o nevoeiro fica mais denso e dura mais tempo.
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— Os nevoeiros são comuns durante todo o ano e mais intensos entre outono e inverno. O fenômeno deve seguir dessa forma até a próxima semana, enquanto as características do tempo permanecerem com essa diferença de temperatura — explica Marcelo Martins, meteorologista da Epagri/Ciram.
O fenômeno forma-se durante a noite e madrugada e ao amanhecer geralmente está no seu ponto mais denso. Conforme a diferença de temperatura entre o solo, ou o mar, diminui ao longo do dia, o nevoeiro se dissipa. Mas nesta semana, tem sido comum durar ao longo do dia no litoral catarinense.
Chama-se nevoeiro quando a visibilidade é menor que 1 quilômetro. Quando a consegue-se ver além dessa distância chama-se névoa. Serração ou neblina são nomes regionais e populares para os mesmo fenômenos. Os nevoeiros ainda podem ser classificados entre marítimos, quando influenciados pelo mar, ou continentais, exemplo do que ocorre nas regiões da Serra e Vale.
Nesta semana, o litoral de Santa Catarina está com a temperatura do ar durante o dia entre 15ºC e com máximas de 25ºC. Porém o mar apresenta temperatura média na casa dos 16ºC. Nessa condição, o ar esfria em contato com o mar e se condensa, formando um nevoeiro denso, que pela ausência de ventos permanece ao longo do dia.
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Na Serra e Vale o processo é o mesmo, com a diferença que ocorre sob influência das áreas de vegetação fechada, açudes, represas e rios. A concentração no interior dos vales se deve pela menor influencia dos ventos, que costuma varrer os pontos mais altos e expostos dos planaltos.
Além dos transtornos nos aeroportos, os nevoeiros também exigem atenção da navegação, tanto em portos quanto em alto mar. Quem trafega por rodovias também precisa ter cuidados pela redução da visibilidade e as ultrapassagens se tornam muito mais perigosas.