Saiba o que é a Agência Nacional de Segurança americana e como ela operou um megaesquema de espionagem pela América Latina:

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Quando ocorreu?

Pelo menos nos últimos 10 anos.

Quais os alvos?

Pessoas residentes ou em trânsito e empresas instaladas no Brasil.

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Quem faz?

Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

Quem é ela?

Criada há 61 anos, durante a Guerra Fria, a NSA espiona comunicações de outros países e, com isso, decifra códigos governamentais.

Qual sua estrutura?

Tem 35,2 mil funcionários, segundo o jornal O Globo, e “parcerias estratégicas” para missões com mais de 80 grandes corporações globais de telecomunicações, provedores de internet, infraestrutura de redes, equipamentos, sistemas operacionais e aplicativos.

Como opera?

O software Prism permite à NSA acesso aos e-mails, conversas online e chamadas de voz de clientes de empresas como Facebook, Google, Microsoft e YouTube.

Limita-se a isso?

Não. Para ampliar o raio de ação, ter acesso a comunicações internacionais e construir um sistema de espionagem global, desenvolveu programas com outros parceiros.

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Quais são esses parceiros?

Um é o Fairview, que viabiliza a coleta de dados em redes de comunicação internacionais, incluindo as brasileiras.

Há autorização judicial?

Sim. O governo monitora com autorização judicial hábitos de navegação na internet em território americano. Para tanto, exibiu ao Judiciário o argumento de que o estudo da rotina online de “alvos” domésticos proporcionaria vigilância estratégica sobre estrangeiros. Uma pessoa ou empresa “de interesse” residente no Brasil pode ter telefonemas e correspondências eletrônicas sob controle constante.

O que é armazenado?

Número discado e ramal usados, duração, data, hora, local, endereço do remetente e do destinatário, endereços de IP e sites visitados.

E quem está do outro lado da linha ou do computador?

Também tem os dados armazenados.

Como chega ao Brasil?

A NSA usa o programa Fairview para acessar o sistema brasileiro de telecomunicações. Recolhe registros de telefonemas e e-mails de milhões de pessoas, empresas e instituições.

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Quantos grampos haveria no Brasil?

Em janeiro, segundo O Globo, o Brasil ficou pouco atrás dos EUA, que tiveram 2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados.

Quantos grampeados no Brasil?

Incerto. Há evidências de que a captura de dados nas redes de telefonia e internet é constante e em grande escala.

Como posso saber?

É imperceptível. Uma placa de mármore na sede da NSA, em Washington, diz: “Servimos em silêncio”.

Quem revelou?

O americano Edward Snowden, técnico em redes de computação que nos últimos quatro anos trabalhou na NSA.

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Por que fez?

Alega motivos cívicos. Por não aceitar a bisbilhotice, delatou as operações de vigilância de comunicações realizadas pela NSA dentro e fora dos EUA.

E o Brasil com isso?

Segundo O Globo, o Brasil, com extensas redes digitalizadas, operadas por companhias de telecomunicações e internet, destaca-se em mapas da NSA como alvo prioritário no tráfego de telefonia e dados (origem e destino).

Há outros alvos prioritários?

Na América Latina, México e Colômbia. Ainda China, Rússia, Irã e Paquistão.