Pós-Carnaval, você pode estar se perguntando qual seria a técnica utilizada por trás da fantasia de onça utilizada por Paolla Oliveira, a rainha de bateria da Grande Rio que hipnotizou o Sambódromo enquanto ela desfilava? Ou, então, da serpente usada pela Escola de Samba Viradouro, que foi campeã do carnaval do Rio de Janeiro? Continue a leitura para entender essa e outras transformações do carnaval, com detalhes revelados pela repórter Tábata Poline, do g1.
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Os truques usados nas transformações dos desfiles de Carnaval
Começando com a rainha de bateria da Grande Rio, que ficou na terceira posição entre as Escolas de Samba do Carnaval do Rio de Janeiro, a atriz Paolla Oliveira contou ao Fantástico como surgiu a ideia de “virar uma onça” em meio à Marquês de Sapucaí. Ela conta que, um dia, teve um sonho de “ser uma alegoria”. Ela diz que queria se transformar, junto à bateria, enquanto sambava.
Segundo a atriz, foram 18 tentativas junto a figurinista Mari Suede para que o resultado final saísse como esperado. Ao todo, mais de 15 pessoas trabalharam na onça de Paolla. De acordo com Mari:
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— A encomenda principal era a transformação. A gente precisava transformar essa mulher em bicho, bicho fera. Teve muito esboço.
Por sua vez, o figurinista Bruno Oliveira conta que havia uma parte muito complexa nesta fantasia, que era o mecanismo dela. Para que ela funcionasse, um um plug foi ligado em outro plug que tinha suas fiações perpassando pelas mangas da roupa de Paolla. E tudo foi tão bem feito que fica até difícil ver a atriz apertando o botão que a transformaria em onça.
Ao Fantástico, Paolla Oliveira comentou que o desfile foi “muito mais do que esperava”. Ela diz que para ela era só uma diversão, mas que havia um recado por trás da fantasia.
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— Se transforme no bicho que vocês quiserem nessa vida, travem as batalhas que vocês precisarem, para ser a onça de vocês, linda e reluzente na avenida da vida.
E as alergorias não pararam por aí. Isso porque, pela Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, a bailarina Gabriela Freire literalmenteu dançou no ar, com a ajudinha de um caminhão repleto de cilindros de gás e um time de mais de dez pessoas para fazer essa magia acontecer. O público, é claro, amou. Tanto que a Escola foi a vice-campeã do Carnaval 2024 do Rio de Janeiro.

Já a grande campeã do carnaval, Viradouro, apresentou para o público a serpente sagrada. O sobrenatural se juntou ao poder das mulheres negras na comissão de frente. A ideia, inovadora, veio a partir do casal de coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri. Eles contam que ela surgiu a partir de um brinquedo que compraram para o filho do casal.
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— A primeira [tentativa] ficou parecendo uma lagartixa maluca, a segunda ficou parecendo uma lombriga. Depois, a gente foi em uma de nove metros, que foi a última. Aí essa ficou muito legal.
E, para que a serpente se movimentasse, o bailarino Wesley Torquato precisou ficar deitado em um skate elétrico dentro da estrutura.
— Eu desço por esse túnel aqui no skate elétrico. Quando eu chego aqui mais ou menos, eu paro ela e o Felipe, que fica lá atrás, ele segura o rabo, para dar o start, para eu poder sair nos jurados, serpenteando. Vou me guiando pela linha da Sapucaí, a linha amarela que fica lá no chão do Sambódromo, eu fico me guiando para achar o meio.
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