Quando ganhou a medalha de bronze no domingo (28), a skatista Rayssa Leal usou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para dizer a frase “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”. Ela fez isso diante das câmeras oficiais dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
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Quadro de medalhas de Paris 2024
No entanto, as manifestações de fé são proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). As imagens com o ato de Rayssa Leal foram parar nas redes sociais, gerando polêmica e começando um debate se ela deveria, ou não, receber uma punição do COI pela manifestação.
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As regras das Olimpíadas estão na Carta Olímpica, que reúne os princípios fundamentais, regras e estatutos da competição. E duas regras da carta são conflitantes. A Regra 40 diz que todos os competidores e suas equipes têm o direito à liberdade de expressão garantido.
Veja imagens de Rayssa Leal competindo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Já a Regra 50 diz que nenhum tipo de demonstração ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida nos locais oficiais de competição, instalações ou outras áreas do evento. Isso vale tanto para a Vila Olímpica, quanto para as cerimônias de entrega de medalhas, abertura e encerramento dos Jogos.
Quem avalia o descumprimento da Regra 50 são os respectivos comitês olímpicos nacionais, federações internacionais e o próprio COI. As punições variam de exclusão temporária ou definitiva dos Jogos Olímpicos a recolhimento de medalhas.
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O COI afirmou que não vai se manifestar sobre a frase dita por Rayssa Leal. A skatista de 16 anos é evangélica e já demonstrou sua fé diversas vezes em competições que participou. Rayssa comentou a atitude e disse que não teria recebido nenhuma advertência.
— Eu fiz porque faço em todas as competições. Para mim é importante, eu sou cristã, acredito muito em Deus. Ali eu pedi forças e mandei uma mensagem para todo mundo, que realmente Deus é o caminho, a verdade e a vida. Fiz em língua de sinais, porque provavelmente o microfone não ia pegar a minha voz, então foi o meio que achei de comunicar com todo mundo. Eu acho isso muito importante — disse a skatista.
*Pablo Brito é estagiário sob supervisão de Diogo Maçaneiro
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