Você sabia que 1969 foi o último ano em que os recursos disponíveis na Terra suportaram o modelo de consumo da sociedade mundial, do início ao fim? Desde então, o planeta tem tido dificuldades para se regenerar e oferecer subsídios suficientes para atender às demandas da humanidade durante os 365 dias que contabilizam esse ciclo no calendário gregoriano.
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Essa estimativa faz parte dos estudos da Global Footprint Network, uma organização de pesquisa internacional que realiza todos os anos a coleta de dados sobre o uso dos recursos naturais, para definir o “Dia da Sobrecarga da Terra”. A data marca o momento em que o consumo de recursos está acima do que o planeta oferece para aquele ano. E ainda que em 2020 essa data tenha sido “tardia” – no dia 22/08, a data mais avançada dos últimos 15 anos, devido à pandemia -, é preciso repensar a relação entre homem e natureza.
Nesse contexto, a educação ambiental tem se mostrado um instrumento fundamental de transformação. Institucionalizada no Brasil em 1973, esse modelo de ensino faz parte da aprendizagem das crianças e jovens, tendo como principal objetivo a formação de cidadãos mais críticos e responsáveis por suas ações.
A educação ambiental não deve ser entendida como uma disciplina isolada nos currículos das escolas, mas, sim, como uma rede de informações e boas práticas em todos os setores da sociedade, sensibilizando e engajando o senso coletivo.

— Em nossa escola buscamos conquistar pelo exemplo e formar cidadãos responsáveis, multiplicadores de atitudes ambiental e socialmente desejadas — explica a diretora acadêmica do Colégio Catarinense, professora Louisa Carla Farina Schröter.
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Baseado no conceito da Ecologia Integral, que atravessa a matriz curricular e perpassa todas as disciplinas, o Colégio Catarinense estimula a relação homem e natureza, aproximando os alunos de um modelo de vida mais sustentável e consciente.
Essa educação baseada em valores faz parte do currículo das escolas jesuítas, pertencentes à Companhia de Jesus, instituição a qual o Colégio faz parte, e que incita seus colaboradores e alunos ao cuidado com a Criação e a prática da justiça socioambiental.
Educação ambiental é a semente para a transformação social
De acordo com o Projeto Educativo Comum da Companhia de Jesus para a América Latina, divulgado em 2005, a escola é um ambiente privilegiado para a compreensão de conceitos e práticas ambientais potencialmente transformadoras. Por isso, o incentivo à implementação de ideias e práticas faz parte da rotina dos educadores do Colégio.
— Todas as turmas desenvolvem projetos durante o ano, com o objetivo de apresentá-lo à comunidade e ter, de fato, efetividade na vida cotidiana. Neste ano, todos os trabalhos são voltados ao meio ambiente, com temas que vão desde a proteção dos oceanos até a implementação da economia criativa — ressalta a diretora.
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O incentivo às práticas ambientais no Colégio é de longa data, sempre ancorado em pautas de impacto e fomentando debates e ações que façam refletir desde os hábitos de consumo, até a responsabilidade de cada um sobre os resíduos que gera.
Projeto Lixo Zero completa 10 anos
Em 2011 o Colégio Catarinense lançou o projeto Lixo Zero na escola, alinhado ao objetivo da educação ambiental, que é de responder às preocupações contemporâneas sobre sustentabilidade e em busca do equilíbrio ambiental do planeta.

— O projeto foca na mudança de atitude de toda a comunidade educativa, propondo um olhar diferenciado sobre nossos comportamentos e os impactos gerados por ele — explica a professora Louisa Carla.
Sendo um projeto permanente na instituição, ele fortalece o compromisso social e engaja os alunos a assumirem o papel de protagonistas no combate às injustiças e na responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Na prática também, com a realização da triagem e do descarte adequado dos materiais.
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Para se ter ideia, somente entre 2018 e 2019 mais de 40 toneladas de resíduos foram produzidos no Colégio, entre papel, papelão, plástico, multicamadas, vidro e metal. Todos esses resíduos foram encaminhados para o Laboratório de Ecologia Integral, onde colaboradores e, muitas vezes, os próprios alunos fazem a separação adequada para destinar à associação de catadores.

— Ou seja: primeiro incentivamos a repensar o consumismo, o que é desejo e o que é necessidade. Em seguida, chamamos atenção para a responsabilidade de cada um sobre aquilo que gera e o impacto que isso terá de maneira coletiva. Inclusive após a triagem, os resíduos triados são encaminhados à uma cooperativa de catadores formada por aproximadamente 20 famílias, tendo ainda essa cadeia de responsabilidade na vida da comunidade — finaliza.
Sustentabilidade na prática
O Projeto Lixo Zero é formado, também, por ações como a implantação de placas de energia solar fotovoltaica para um consumo limpo, incentivo ao uso de EcoCopos e canecas permanentes, e a sensibilização de todos por meio de uma comunicação atualizada sobre as questões relacionas ao meio ambiente. Além disso, o Colégio é uma instituição ativa em eventos ambientais.
Acesse o site do Colégio Catarinense e saiba mais sobre a instituição.
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