A Tok&Stok, maior varejista de móveis do Brasil, está fechando parte das 65 lojas espalhadas pelo país nos últimos dias, em meio a uma crise que se arrasta há meses. Em algumas unidades como nos estados de Fortaleza (CE), Vila Velha (ES), Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP) há descontos de até 50% para liquidação do estoque.
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Nas lojas com saldão de produtos para o encerramento das atividades, um mesmo comunicado foi fixado na porta da frente: “Olá. Informamos que em breve encerraremos nossas atividades nesta loja. Mas não se preocupe, você ainda poderá se inspirar e continuar comprando com a gente pelo site, app ou em outras unidades”.
A decisão de fechar algumas lojas faz parte do processo de reestruturação financeira da Tok&Stok. Após o pico da demanda no início da pandemia, a empresa teve um aumento no número de estoques, o que aumentou os custos.
No início deste ano, começaram os indícios da crise depois que o dono de um galpão logístico que a empresa loca em Extrema (MG) entrou na Justiça pedindo o despejo da varejista por falta de pagamento A proprietária do galpão é o Vinci Logística Fundo Imobiliário. No fim de março, o fundo informou que a Tok&Stok pagou R$ 2,092 milhões em juízo para quitar o débito. Alguns dias depois, a ação foi encerrada.
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Com dívida estimada em R$ 600 milhões, a empresa passou a ter ainda mais dificuldade para negociar prazos e condições com os credores neste ano. Isso porque, bancos e financeiras fecharam as torneiras de crédito após o rombo de R$ 20 bilhões no balanço que causou a crise da Americanas.
Com isso, a Tok&Stok tem buscado agora alternativas para sua recuperação financeira. O fechamento de lojas tem sido uma das estratégias em meio ao futuro incerto da companhia.
*Com informações de Folhapress e Valor Econômico
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