O desempenho de Santa Catarina no mapa brasileiro do ensino superior continua tímido. Não fosse a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ter melhorado o conceito obtido no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação, de 4 em 2010 para 5 em 2013, o avanço seria pouco perceptível.
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Veja também: Cursos mais bem avaliados são públicos em SC
Entre as 64 universidades submetidas às duas últimas avaliações – feitas de três em três anos porque o MEC considera esse tempo para um ciclo avaliativo -, apenas 18 elevaram os índices. Em contrapartida, somente sete regrediram. As demais 39 mantiveram os patamares (confira a tabela completa abaixo).
Com atuação em Florianópolis, Blumenau, Joinville, Curitibanos e Araranguá, a UFSC figura entre as 12 universidades públicas mais bem avaliadas no Brasil. Tem também o curso mais bem qualificado do Estado e entre os cem melhores do país: Agronomia.
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Para a reitora Roselane Neckel, o desempenho reflete esforços internos e também as políticas públicas que desde 2008 passaram a valorizar o ensino superior federal com recursos financeiros, vagas de concursos para novos professores e técnicos e melhoria da infraestrutura.
Como receita, ela cita a continuidade dos processos de avaliação internos que ajudaram a aprimorar pontos avaliados pelo MEC e o planejamento administrativo e acadêmico para enfrentar as fragilidades.
– O diferencial da formação nas universidades públicas é a importância que assume na formação e integração entre as atividades de extensão, pesquisa e ensino – destaca Roselane.
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Para em Simon Schwartzman, sociólogo, autor de inúmeras publicações nas áreas de Ciência Política, Educação e Sociologia da Ciência, além de membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, a tendência é que as públicas sempre tenham melhor desempenho nas avaliações:
– Os critérios de avaliaçao do MEC dão peso a pesquisa, pós-graduacao e percentagem de professores doutores nas universidades, que as privadas geralmente nao têm nem tem como ter. Depois, como as públicas têm mais prestígio e recursos, tendem também a receber estudantes mais qualificados, que conseguem se colocar bem no ENEM e nos verstibulares, e que isto mesmo se saem melhor tambem nas provas do ENADE, mesmo que terminem sabendo mais ou menos o que já sabiam na entrada.
As dificuldades de particulares e comunitárias
Mais de 2 mil universidades, centros universitários e faculdades foram avaliados pelo IGC. Destaque também para o Senai São José e o Centro Universitário Facvest, de Lages, que saltaram do conceito 2 para 4. Apesar de manter os patamares, a Udesc é a segunda instituição com a melhor nota, também 4.
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O destaque entre as privadas é a Sociesc, de Joinville (4).
A maioria (66%) teve conceito 3. Mas por que, de modo geral, as instituições catarinenses avançaram tão pouco? Secretário executivo do Sistema Acafe, que congrega 16 instituições comunitárias ou privadas, Paulo Ivo Koehntopp argumenta que é mais difícil para as não públicas manterem a capacitação dos professores e a infraestrutura, por dependerem dos próprios recursos.
Uma das esperanças é a lei federal em vigor desde novembro de 2013 que permite às universidades comunitárias a concorrer a editais públicos. Das 16 ligadas à Acafe, metade está habilitada e já participaram de editais para recursos de infraestrutura e de pesquisa e extensão. E avanços estão sendo percebidos: pelo menos três ligadas à Acafe aumentaram o índice de 2010 para 2013.
Para mais detalhes, consulte as planilhas do Ministério da Educação abaixo:
Índice Geral de Cursos 2013: avalia as instituições
Conceito Preliminar de Curso: avalia os cursos
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