Uma das três escolas estaduais de Joinville que oferecem o ensino médio integral teve dificuldades no primeiro dia de aula. Na Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, no bairro Bucarein, os professores foram para a cozinha ajudar a preparar a merenda e entregar a refeição para 280 alunos porque faltou merendeira.

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A professora de geografia Denise Fileti, que trabalha há 16 anos na rede estadual, disse que outros problemas também afetaram o primeiro dia das sete turmas do 1º ano: a falta de professores e de estrutura para a jornada ampliada.

Segundo ela, nem o ambiente de convivência foi construído ainda. “Os professores estão indignados. São situações que geram desconforto. Não tem espaço para os alunos ficarem. Estou preocupada”, desabafa.

A direção da escola admitiu que alguns professores foram para a cozinha. Mas apenas para auxiliar na entrega das refeições. Segundo a diretora geral, Karla Abumassur, a situação é provisória e que ainda nesta semana serão contratadas mais merendeiras. Sobre a falta de professores, ela informou que a não há educador para a disciplina de história. “Estamos com a vaga aberta, esperando que alguém apareça”, diz.

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Segundo a diretora, existe o projeto de melhorias na escola, com a instalação de mais laboratórios, construção de um ginásio de esportes e da sala de convivência, mas ainda não há um prazo para sair do papel.

A coordenação regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação vai apurar o que houve na hora do almoço porque não cabe ao professor cozinhar e nem entregar a merenda. É desvio de função. Sobre a falta de professores, que estaria sobrecarregando os outros profissionais, o sindicato vai aguardar até o dia 28 de fevereiro, quando se encerra o prazo para as contratações.