Os cinco presidentes das escolas de samba de Florianópolis se reuniram nesta sexta-feira com o prefeito Dário Berger para discutir o problema do barulho durante os ensaios das agremiações – motivo de reclamação dos moradores das comunidades.

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Em 2008, um termo de ajustamento de conduta foi assinado entre a prefeitura e o Ministério Público (MP) para que neste ano a folia não perturbasse o sossego dos vizinhos das escolas.

Berger disse que a prefeitura se esforçará para que as agremiações continuem realizando os ensaios. Afirmou, porém, que os moradores que não toleram o batuque têm direitos.

– Quem não vibra e não se entusiasma com a cultura popular, também precisa ser ouvido, mas o Carnaval atrai o turista e não podemos deixar a folia acabar – afirmou.

Representantes das escolas repudiam ação

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Laerte Arlindo de Matos, presidente da Unidos da Coloninha, manifestou repúdio à ação do MP.

– Querem acabar com a nossa cultura popular, não existe respeito com o mundo do samba que traz emprego e renda às comunidades menos favorecidas – disse.

Já o presidente da Embaixada Copa Lord, Antônio José Leopoldo, acrescentou que as escolas ficarão de mãos atadas:

– Vai ser uma pá de cal no Carnaval. Se qualquer cidadão fizer uma reclamação ao MP, nosso carnaval estará ameaçado.

O advogado da Liga das Escolas de Samba da Capital, Roberto Bispo, informou que, caso o MP acabe com os ensaios nas comunidades, o custo de traslado das escolas para a Passarela Nego Quirido poderá chegar a R$ 5 mil por dia. Outro problema a ser resolvido seria o espaço para o ensaio das cinco agremiações diariamente.

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