Fechei os olhos e as cores saturaram. Não era mais real o que eu via. O mundo racional deixava de fazer sentido e a noção do tempo se modificava e se acalmava, assim como as almas daquele lugar. Uma lisergia que surge da euforia de participar deste pequeno Woodstock. Shows de artistas consolidados ou de músicos em ascensão. Tudo com muita cor e sinceridade tanto pelo público como por quem toca. Os minutos são muito bem aproveitados, mas a impressão é que ainda temos muito o que fazer e que quatro dias não foram suficientes. O tempo acaba, mas não existe limites: existe amor. O respeito, a compreensão, a calma, a agitação, a felicidade e a emoção. Sentimentos compartilhados por todos aqueles que entendem esse festival como parte da própria vida. Que passam o ano esperando pelo momento em que a real conexão volte. Um Carnaval que isola você ao mesmo tempo que traz experiências que lhe são privadas pela vida moderna. Esse foi o meu Psicodália, e conto os dias para continuar a viver essa experiência a cada ano.

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Rio Negrinho, 24 de fevereiro a 1º de março de 2017

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