O espírito festivo do Carnaval ainda não tomou conta das ruas de Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Mas fantasias, protótipos e alegorias já dominam os barracões das três escolas que devem participar do desfile competitivo, marcado para o dia 18 de fevereiro. A sete meses do Carnaval, todas as agremiações já definiram os enredos. Devem passar pela Avenida XV de Novembro a história do macarrão, a paz universal e as comunicações.

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A Vale Samba, atual campeã, vai utilizar uma linguagem lúdica para falar sobre as comunicações. O carnavalesco Luiz Dorini conta que o nome e o formato do desfile são guardados em segredo.

– O Carnaval é um processo criativo. Saímos com uma base de 16 alas e cinco alegorias, mas pode aumentar no decorrer do processo – diz.

Aliança

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No barracão da Aliança, que levará para a Avenida o enredo Em 3 minutos, os funcionários já confeccionam parte das alas, que, ao todo, devem ser 17 . Doze protótipos estão prontos. Os carros, que devem ser cinco, começarão a ganhar forma em outubro.

Conforme o carnavalesco Carlos Fett, a escola vai contar a história do macarrão, com foco nas massas instantâneas. Ele revela que, durante a pesquisa, descobriu que o macarrão não foi inventado na Itália, como se imagina. A combinação do trigo com o ovo teria origem na China e foi difundida pelo mundo até chegar ao Japão, onde foi inventado o macarrão de preparo rápido, hoje conhecido como lámen.

– Vamos contar toda essa trajetória. E o ultimo carro vem com uma ideia futurista, mostrando que o lámen será cada vez mais comum daqui para frente – adianta Fett.

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Unidos do Herval

Também dentro da cultura oriental, a escola de samba Unidos do Herval deve desfilar o enredo Uma história. Um memorial. A Unidos canta a paz universal. O tema deve ser desenvolvido do ponto de vista cultural, sem o envolvimento de nenhum produto específico.

De acordo um dos pesquisadores do enredo, Alex Morais, a escola deve fazer uma homenagem ao Japão focada na reconstrução do país após as bombas atômicas. Ele adianta que comunidades nipônicas de Santa Catarina terão destaque.

– Falaremos da cultura, da beleza e dos costumes, com foco na mensagem de paz. Integrantes de comunidade japonesas devem desfilar e ajudar na confecção das fantasias – revela.

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Liga busca recursos

Enquanto as agremiações trabalham para desenvolver os enredos, a Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d’Oeste (Liesjho) busca recursos para concretizar o evento.

Segundo Gilmar Bonamigo, presidente da Liesjho, vários projetos já foram encaminhados aos municípios e ao Estado. Os recursos necessários para a estrutura dos desfiles e repasses às escolas somam cerca de R$ 2 milhões.