O clássico desta quarta-feira colocará frente a frente dois jogadores que vivem momentos bem diferentes na carreira. De um lado Denilson, 21 anos, atacante do Avaí. E do outro Bill, 32 anos, atacante do Figueirense. Enquanto Denilson está surfando na onda da ótima fase do Leão da Ilha, Bill ainda não desencantou no Furacão do Estreito. Os dois foram contratados em dezembro do ano passado e fizeram a pré-temporada com seus respectivos clubes. O que ninguém esperava é que Denilson, que chegou de mansinho, desconhecido, iria brilhar no Campeonato Catarinense, onde é o artilheiro com cinco gols em seis partidas disputadas.
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Se fosse para criar uma expectativa sobre quem “decolaria” primeiro na temporada, seria sobre Bill. O experiente centroavante chegou ao Figueira para ser o camisa 9, o substituto de Rafael Moura. Mas o artilheiro da Série B do ano passado com 15 gols pelo Ceará ainda não balançou as redes. Em quatro jogos no Estadual, um pela Copa do Brasil e um pela Primeira Liga, nada de gols. Para se ter uma ideia, o zagueiro Bruno Alves foi quem mais marcou gols pelo time no Catarinense: três.
A forma de jogar de Bill pode estar dificultando o seu desempenho, já que atua mais fixo na área, enquanto Denilson joga aberto e entra na área como elemento surpresa.
No entanto, em clássico tudo pode acontecer. Matematicamente, o Figueirense ainda tem chances de conquistar o título do turno, apesar do cenário complicado, porque o rival Avaí ainda não perdeu nenhum jogo e está disparado na liderança com 16 pontos. O dobro da pontuação do Furacão, que tem Criciúma e Brusque à sua frente nessa briga. Só que no futebol nada é impossível, ainda mais em duelos entre times e torcidas que se conhecem tão bem.
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:: A análise de Roberto Alves, Janniter De Cordes e Kadu Reis sobre os atletas:
Roberto Alves
Colunista do DC e comentarista da CBN Diário e RBS TV
Denilson encaixou bem no esquema do Avaí, está muito bem, é artilheiro, foi favorecido pelo trabalho do time, pelo conjunto. Bill não aconteceu. Parece que está jogando fora da posição, porque ele tem que rondar a área, ele tem que cheirar o gol, tem que estar dentro da área. Invariavelmente, você vê o Bill jogando quase como protetor da zaga, como volante. E não é exatamente essa sua característica. Por conta disso, o Denilson, hoje, tem mais condições, mas nada que impeça, o Bill de aproveitar o clássico, que é um jogo diferenciado, para fazer exatamente aquilo que a torcida está esperando.
Janniter De Cordes
Repórter da CBN Diário – setorista do Avaí
Denilson chegou no Avaí como um desconhecido, apesar de ter vindo do Fluminense, e até ficou aquela ponta de dúvida. Só que até esse fato de o Denilson chegar sem esse peso de ser um atacante para resolver tirou a pressão e deixou ele mais à vontade para mostrar qualidade. Então, acho que esse fato de ele ter chego como desconhecido facilitou. Porque jogar pelo Fluminense tem um peso enorme, e isso pode ter dificultado o atleta. Agora, aqui no Avaí, sem pressão, está indo, está resolvendo, sendo uma boa opção, e até acredito que nessa linha ele vai ser uma ótima opção para a Série A do Brasileiro.
Kadu Reis
Repórter da CBN Diário – setorista do Figueirense
O Bill está sofrendo bastante com a falta desse meia de criação que o Figueirense ainda não encontrou. O time continua bastante refém de ações em velocidade pelas laterais e, neste estilo de jogo, é claro que o Bill não se encaixa tanto, apesar dos cruzamentos na área. Também não se pode eximir o camisa 9, porque um jogador centroavante como ele não pode chegar até a sétima rodada do Catarinense sem ainda ter balançado as redes. O Bill, em alguns momentos do jogo, parece um pouco desfocado, mas também não deve em entrega, em luta, até pela recuperação da bola quando é o Figueirense que está na marcação.
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