Com seus pré-candidatos à Prefeitura escolhidos, os maiores partidos já deram largada às negociações com as siglas menores em Joinville. Há pelo menos 18 partidos pequenos sem representação na Câmara de Vereadores, mas com um tempo de propaganda eleitoral que pode ajudar a fazer a diferença.

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Juntos, eles somam 5 min12s, em bloco de 16min40s – o bloco equivale a dois terços de cada meia hora de propaganda eleitoral e é definido conforme a representação eleita para a Câmara dos Deputados. O terço restante é dividido igualmente entre os candidatos.

Mas não é apenas o tempo de TV e rádio que os partidos de menor porte têm a oferecer. Se todos os pequenos fossem reunidos em torno de um só candidato, teriam a força, em tese, de quem conseguiu 27,4 mil votos nas últimas eleições para a Câmara, em 2008. Contam também com uma legião de filiados que pode impulsionar o nome de quem concorre ao cargo mais disputado da cidade.

Enquanto as grandes alianças não avançam, é a disputa pelas pequenas siglas que movimenta o cenário político joinvilense. A briga pelos partidos pequenos, que em grande maioria atuam sob comissões provisórias, rende alguns segundos a mais na TV e aumenta o número de gente pedindo votos para os pré-candidatos à Prefeitura de Joinville.

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Mas nem sempre as negociações são fáceis. O ex-prefeito de Joinville Marco Tebaldi (PSDB), que lançou a pré-candidatura oficial em abril, anunciou no começo deste mês o apoio formal do PMN em Joinville. Mas mesmo assim, o tucano reclama dos pedidos feitos pelos dirigentes das siglas de menor expressão.

– É complicado. Antes mesmo de sentar pra conversar, o pessoal já quer saber qual cargo você vai dar se ganhar ou se há alguma outra compensação. Assim fica difícil negociar. Não era pra ser assim -, reclama.

Enquanto o PSDB ainda se organiza e busca formalizar novos apoios, o PT do prefeito Carlito Merss foi o partido que se movimentou mais cedo para buscar apoios. Utilizando os contatos em Brasília, os petistas deixaram encaminhadas as negociações de apoio com PTdoB, PHS e PSC.

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Mesmo com as alianças firmadas, Irio Côrrea, que comanda o PT em Joinville, imagina que ainda seja possível agregar mais cinco pequenas siglas.

– Vamos tentar trazer a base que o governo federal tem e firmar aqui. Nosso objetivo é ter mais de dez minutos de TV. Além disso, os pequenos também trazem mais apoio para nós na campanha -, fala.

Sem conseguir formar a tríplice aliança até agora e trazer boa parte dos partidos pequenos, o PMDB prefere adotar um discurso mais formal. Admite apenas que está com um acordo bem encaminhado com o PTB, o que acrescentaria mais 49 segundos de tempo de TV, e uma conversa inicial com o PSL.

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– Não queremos divulgar nossas conversas. Falamos com todos, mas não temos nada fechado. Só iremos anunciar depois que estiver fechado -, diz Cleonir Branco, presidente em exercício do PMDB de Joinville.

Mas não são só as maiores siglas que buscam apoio e segundos a mais na TV. O PR, que hoje tem o vice-prefeito Ingo Butzke, se articula para lançar José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo, como candidato. Para viabilizar a campanha, o médico se apoia em acordo firmado com o PRB e PCdoB para entrar na disputa.

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