A Engie Brasil Energia, que tem matriz em Florianópolis, encerrou 2021 com lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, 44% inferior ao de 2020. Mas desconsiderando valores não recorrentes, a empresa explica que o lucro ajustado chegou a R$ 2,4 bilhões, 11,8% maior frente ao ano anterior. O Ebitda atingiu R$ 7,2 bilhões, com alta de 12,3% frente a 2020. A Engie aproveitou a reunião do conselho desta segunda-feira também para aprovar a compra de duas usinas solares, com investimento de R$ 625 milhões.

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A companhia, que avançou no programa de descarbonização ao vender o complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina, incluiu no seu grupo de usinas geradoras o conjunto fotovoltaico Paracatu, de cidade de mesmo nome, em Minas Gerais, e o conjunto fotovoltaico Floresta, de Areia Branca, Rio Grande do Norte.

– Essa aquisição está alinhada às diretrizes globais do Grupo Engie de descarbonização das operações, que prevê a saída das usinas a carvão e a substituição desta capacidade por ativos de geração renovável – explicou o presidente da companhia, Eduardo Sattamini.

A companhia explicou em seu balanço que os resultados de 2021 foram impactados negativamente pela crise hídrica que atingiu o país e, também, pela alta da inflação, que elevou os custos de insumos. Os efeitos não foram maiores porque a Engie diversificou os negócios nos últimos anos, entrando também na distribuição de energia e de gás natural.

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Maior geradora privada do Brasil, a Engie encerrou 2021 com operação de 68 usinas que juntas têm capacidade de geração de 9.939, 4 MW. A receita operacional líquida do ano alcançou R$ 12,541 bilhões, 2,3% superior a do ano anterior e 27,9% maior que a de 2019, ano anterior à pandemia.